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Petrobras (PETR4): Por que ação não é mais ‘compra’ para o BB Investimentos

30 abr 2025, 13:02 - atualizado em 30 abr 2025, 13:02
petrobras dividendos
petrobras dividendos (Imagem: Agência Petrobras)

O BB Investimentos revisou sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR4), rebaixando-a de “compra” para “neutra“, mesmo diante de dados operacionais majoritariamente positivos.

A decisão reflete um cenário avaliado pelo banco como de crescente incerteza no setor de petróleo, com destaque para a queda expressiva nas cotações da commodity e o aumento da volatilidade no mercado global.

O analista Daniel Cobucci, que assina o relatório do banco, diz que prefere aguardar sinais mais claros de estabilização dos mercados antes de retomar uma recomendação de compra.

O preço-alvo para as ações da Petrobras, no entanto, foi mantido em R$ 48,50 para 2025 – o que implica um potencial de valorização de 59%.

Os papéis da estatal caíam 0,6% nesta quarta-feira (30), em linha com o desempenho do petróleo, no primeiro dia depois da divulgação de um relatório de produção e vendas sem surpresas para o mercado.

Neste mês, o petróleo Brent caiu para níveis abaixo de US$ 70 o barril pela primeira vez desde 2021.

O movimento ocorre em meio à elevação dos estoques nos Estados Unidos e às discussões sobre um possível aumento da produção por membros da Opep+, o que pressiona ainda mais os preços.

Visão construtiva para a Petrobras no longo prazo

Apesar de rebaixar o papel da Petrobras, o BB Investimentos disse ter uma visão construtiva para o longo prazo da empresa. 

A companhia, segundo o BB, segue com vantagens competitivas relevantes, como um plano robusto de novas plataformas, endividamento controlado abaixo de US$ 65 bilhões, e políticas de dividendos e preços alinhadas aos pares globais.

A Petrobras também apresenta um custo de extração inferior ao de concorrentes, o que oferece maior resiliência em cenários adversos, acrescentou o analista.

A PETR4 ficou para trás na recente alta do Ibovespa: caiu 16,8% nos últimos 30 dias, enquanto o índice subiu 2,4%. Ainda assim, em dois anos, acumula alta de 85%, bem acima dos 29,4% do Ibovespa, graças a maiores receitas, margens e controle de custos.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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