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Petrobras (PETR4): BTG projeta boas surpresas para geração de caixa e dividendos; curto prazo pode pesar sobre ações

23 mar 2024, 11:51 - atualizado em 23 mar 2024, 11:51
petrobras dividendos
O banco analisou os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil e monitorou os números da Petrobras (Imagem: Agência Petrobras)

Nesta semana, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou os dados de produção de petróleo e gás do Brasil em fevereiro. Para o BTG Pactual, essa é a melhor fonte para monitorar os números da Petrobras (PETR4), já que a estatal só publica seus dados trimestralmente.

Em fevereiro, a produção de petróleo da Petrobras caiu 1,9% m/m para 2,3 mb/d (incluindo a estimativa para LGN de ~100 kboe/d do BTG). O campo de Búzios (ativo nº 1 da Petrobras) é responsável por cerca de metade do declínio mensal da produção. O campo produziu 598 kb/d em fevereiro, queda de 3,8% m/m (ou -24 kb/d).

Para o BTG os dados de produção de Búzios, sua plataforma P74, produziu 81kb/d, 40kb/d abaixo da média de 2023 (ou -33%). Para o banco, produção mais fraca no campo reflete apenas paradas já programadas para o ativo, algo que não consideram negativo.

A instituição acredita que a maioria das manutenções nos ativos de produção da Petrobras estão planejadas para o 1S24. Em janeiro, o campo de Tupi apresentou uma queda substancial na produção devido aos resultados mais fracos do FPSO Maricá, que em fevereiro retornou a níveis de produção mais normalizados ( 52% m/m). Sendo assim, eles não ficariam surpresos se Búzios fizesse o mesmo.

Produção, geração de fluxo de caixa e dividendos devem surpreender

O BTG destaca que o mais importante fica para produção média de petróleo da Petrobras de 2,33 mb/d no acumulado do ano, que está 6% acima da estimativa oficial da empresa para 2024, suportando a tese do banco de que as estimativas parece conservadora, especialmente considerando que ainda existem plataformas atingindo a sua capacidade total e uma adicional estará conectado durante o 2S24

Em outros lugares, o BTG tem o prazer de ver a estabilidade operacional nos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, que entraram em operação no ano passado como parte da campanha de revitalização do campo de Marlim, bem como outra progressão mensal positiva no FPSO Sepetiba, no campo de Mero.

O FPSO Sepetiba foi integrado ao portfólio da Petrobras no último dia de 2023 e já está produzindo 13kb/d, 63% m/m (@participação da Petrobras), e eles acreditam que a plataforma deverá produzir até 5 vezes essa quantidade ao longo do ano.

O banco recomenda compra para ação, com preço-alvo de R$ 47,00, embora reconheçam que no curto prazo, as discussões sobre governança corporativa podem ter um impacto mais significativo no desempenho das ações do que os seus fundamentos operacionais.

Apesar disso, eles seguem acreditando que a empresa irá surpreender positivamente em termos de produção e geração de fluxo de caixa, o que levará a revisões positivas nas estimativas de pagamento de dividendos de mercado (ex-distribuição extraordinária).

Riscos para a ação

Entre os riscos para a Petrobras, o banco destaca os seguintes pontos:

  1. Risco exploratório em seu portfólio de exploração de petróleo;
  2. Risco de execução em novos ativos de produção e refino;
  3. Riscos de preços de commodities em seus negócios diários de marketing e negociação;
  4. Riscos administrativos devido à potencial mudança de gestão que a empresa enfrenta a cada quatro anos, em linha com as eleições presidenciais do Brasil.

Os riscos mais relevantes para as projeções se concentram na capacidade da Petrobras de aumentar sua produção de petróleo e gás, sua capacidade de manter a independência política para decidir os preços domésticos dos combustíveis e a taxa de câmbio brasileira.

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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