Petrobras (PETR4) cai após reajuste de preços; o que dizem os analistas?

As ações ordinárias da Petrobras (PETR4) recuavam 1,54%, a R$ 37,75, tendo como pano de fundo nova alta dos preços do petróleo no exterior e anúncio da companhia na véspera de elevar o preço do diesel em 6,6% nas refinarias, enquanto reduz o da gasolina em 4%.

O desempenho dos papéis da estatal ajudavam a empurrar o Ibovespa para o campo negativo, ainda com influência da queda das ações da Vale (VALE3) e do exterior negativo por conta de preocupações com a tensão no Oriente Médio e o cenário de juros nos Estados Unidos.

Analistas, no entanto, veem com normalidade o ajuste anunciado pela Petrobras. Para o Itaú BBA, como a empresa está no limite de sua otimização operacional, inclusive realizando importações adicionais, tornou-se necessário fazer ajustes para se reequilibrar com o mercado e com seus próprios valores marginais.

“Com base nas nossas últimas estimativas da faixa de preço da gasolina, a empresa ajustou o seu preço para perto do limite superior da faixa. Para o diesel, segundo nossas estimativas, a Petrobras parece visar o centro da faixa de preço”, afirmou.

“Acreditamos que esses ajustes sinalizam o compromisso da Petrobras com a execução tempestiva da política para permanecer dentro da faixa de preço, evitando volatilidade para o consumidor”, pontuou o banco em relatório assinado por Monique Greco e equipe.

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Recomendações para Petrobras

O Itaú BBA tem recomendação market perform para PETR4, já o Goldman Sachs recomenda a compra das ações da petroleira.

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O Goldman Sachs disse a que a gasolina da Petrobras, que representa cerca 20% dos volumes de refino, hoje opera com uma margem de refino negativa.

No entanto, pontuou o banco, o crack spread (diferença entre o preço do petróleo bruto para o produto refinado) do diesel – que representa 40% dos volumes refinados – permanece “saudável”.

A dinâmica, disse, mais do que compensa as fracas margens da gasolina, de acordo com relatório assinado por Bruno Amorim e equipe.