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Petrobras (PETR4): Como uma redução de centavos pode afetar o desempenho da estatal

06 abr 2023, 11:19 - atualizado em 06 abr 2023, 11:19
Petrobras
Manter os preços abaixo do IPP por muito tempo acabaria levando ao desabastecimento, dizem analistas. (Imagem: Bloomberg)

Uma redução no preço do diesel entre entre R$ 0,22 e R$ 0,25 (5% do preço atual), como indicada na véspera pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pode apontar para uma intenção do governo de buscar a paridade de preços de exportação (EPP) em vez do IPP, disse o BTG Pactual. 

Segundo os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, assumindo que a Petrobras pratique a redução na proporção indicada também para gasolina, a empresa deve ter uma redução anual no Ebitda de US$ 2,3 bilhões (brent a US$ 80/bbl), ou 4%, em comparação com um cenário sem desconto de preço.

Além disso, ponderam, se a empresa for responsável por internalizar as importações de combustíveis, a estatal deve registrar um impacto combinado de US$ 4,7 bilhões, ou 8%, em comparação com o cenário sem desconto.

Manter os preços abaixo do IPP por muito tempo acabaria levando ao desabastecimento, já que o Brasil consome mais do que produz, dizem os analistas de mercado.

Petrobras subsidiar preços é destrutivo?

Para o BTG, subsidiar os preços dos combustíveis é “certamente negativo”, mas, pondera, pode-se argumentar que não é altamente destrutivo para a Petrobras isoladamente com base nos preços atuais do petróleo.

“Mesmo assumindo o cenário em que a empresa pratica preços 10% abaixo do IPP e atua como única importadora do país, veríamos a ação negociada a 2,1x EV/Ebitda”, disse o banco.

No entanto, analistas dizem temer que a mudança anunciada pelo ministro “seja apenas o começo”. O banco fala na possibilidade de alterações em plano de investimentos, política de dividendos e despesas corporativas.

“A Petrobras está entrando em uma nova fase e, embora existam cenários em que a rentabilidade seja um pouco preservada e a nova administração encontre equilíbrio entre interesses minoritários e controladores, recomendamos cautela“.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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