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Petrobras (PETR4) conversa com Vibra (VBBR3), mas adia decisão sobre operar postos de novo

27 ago 2023, 13:36 - atualizado em 27 ago 2023, 13:36
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De volta? Petrobras (PETR4) estuda como retornar ao setor de postos de combustível (Imagem: Divulgação/ Postos Petrobras)

A Petrobras (PETR4) só deve decidir em 2024, se retornará ao setor de distribuição de combustíveis. A estatal deixou o negócio em 2021, quando vendeu as últimas ações que detinha da Vibra (VBBR3), a antiga BR Distribuidora, privatizada em 2019.

A Vibra detém a licença para utilizar as marcas “Petrobras” e “BR” em sua rede de mais de 8.200 postos de gasolina, que a torna a maior do setor no país. Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, determinou que sua equipe estude alternativas para que a estatal volte a atuar no varejo de combustíveis.

Ainda de acordo com o jornal, um dos pontos em negociação entre a estatal e a Vibra é a cessão das marcas. O acordo, contudo, poderia ser ainda mais amplo, envolvendo, inclusive, a reestatização da empresa. A possibilidade foi noticiada em maio pela Folha de S.Paulo.

Petrobras (PETR4): Pressão para recomprar a Vibra (VBBR3)

Segundo a Folha, banqueiros tentam convencer o Palácio do Planalto a recomprar a empresa, por meio da Petrobras, a fim de impulsionar o preço das ações da Vibra, que acumulavam, até maio, uma queda superior a 20% apenas neste ano.

A ideia, segundo o jornal, é a recompra da empresa. Mas caso a distribuidora recuse, restaria reaver a marca BR para utilizá-la em outra companhia que seria adquirida (rumores apontam para a Alesat, dona dos postos Ale).

Também em maio, a coluna Broadcast do Estadão informou que a Petrobras pretende voltar a distribuir combustíveis e, inclusive, entrou na Justiça para retomar a marca BR.

Para o Bradesco BBI em relatório enviado a clientes, a possibilidade da compra da Vibra pela estatal ficará mais forte ao longo de 2023.

A marca BR, com logo verde e amarelo, acompanhado do nome Petrobras, está arrendada à Vibra até 2031. Atualmente, o logo estampa mais de 8,2 mil postos em todo o país, sendo a marca líder do setor. O BBI argumenta que se a estatal pensa em recuperar o que “perdeu”, a tese de recompra da Vibra deve “permanecer viva”.

Além disso, lembra que a Petrobras deve terminar o ano com uma posição de caixa próxima a US$ 20 bilhões (assumindo um preço do petróleo de US$ 80/barril e pagamento de dividendos de 60% do fluxo de caixa operacional subtraído dos investimentos), o que abriria espaço para aquisições.

 

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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