Petrobras (PETR4) é a preferida entre 16 analistas para quem quer embolsar dividendos; veja por quê

A Petrobras é a ação mais indicada entre analistas para quem busca dividendos (Imagem: Getty Images)

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Mês após mês, a Petrobras (PETR4) figura entre as ações mais recomendadas por analistas para quem busca embolsar dividendos. Assim como no mês anterior, em maio a petrolífera é campeã de indicações.

Presente na carteira recomendada de 13 bancos e corretoras, a Petrobras tem o primeiro lugar do ranking, seguida pelo Banco do Brasil (BBAS3), com 9 indicações, e Itaú (ITUB4), que ganhou 8 recomendações para maio.

As informações são do levantamento realizado pelo Money Times com base na divulgação de 16 carteiras recomendadas de dividendos para este mês.

Na Petrobras, as preocupações acerca do plano de investimentos e, mais recente, o movimento de queda do petróleo não foram capazes de tirar da estatal um dos seus principais chamarizes: pagamento de bons proventos.

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Na avaliação do Safra, os resultados da companhia devem continuar robustos no curto e médio prazo, com manutenção da boa capacidade de distribuição de dividendos aos acionistas.

Para o banco, a ação oferece um valuation atrativo e está negociando com desconto antes seus pares internacionais e sua média histórica.

O BTG Pactual reconhece que não previu totalmente os riscos de queda nos preços do petróleo decorrentes do “Dia da Libertação”, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas recíprocas nos países.

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O movimento da commodity contribuiu para um desempenho significativamente inferior da Petrobras em relação ao mercado em abril. No entanto, ainda que os analistas do banco não estejam otimistas em relação a uma recuperação de curto prazo do Brent, a Petrobras permanece como a principal escolha dentro do setor.

“Essa visão é parcialmente apoiada pela noção de que a ação pode oferecer alguma proteção contra a queda no caso de uma diminuição dos riscos de oferta e demanda do petróleo”, colocam os analistas.

Na visão do BTG, a Petrobras é uma das produtoras de menor custo ao nível global, e estimam que esteja atualmente negociando em um dividend yield (retorno de dividendos) de 13% para 2025, excluindo pagamentos extraordinários

“Para nós, os dividendos devem ajudar a amortecer os riscos de queda – especialmente porque continuamos a ver o potencial de valorização decorrente de um capex (investimentos) menor do que o esperado e de uma produção maior do que a estimada”, dizem os analistas.

Longe do petróleo, invista em bancos

Para quem busca dividendos longe do risco de variação do petróleo, a pedida são os bancos. Banco do Brasil e Itaú são o segundo e terceiro mais indicados entre analistas para maio, respectivamente.

Sobre o BB, analistas do Santander afirmam continuar otimista com as ações, uma vez que esperam um crescimento de lucro de maior qualidade de 5% em 2025.

Em meio a discussões sobre os potenciais impactos negativos para os bancos em um ambiente com a Selic mais elevada — atualmente em 14,75%, o maior patamar desde 2006 — e de valuation, o Santander reforça que o Banco do Brasil possui sensibilidade positiva de R$ 90 milhões no lucro líquido para cada aumento de 100 pontos base na Selic.

No caso do Itaú, analistas da Empiricus Research recordam que as ações do banco sofreram nos últimos anos com uma Selic abaixo de 5%, que aumentou a competição com fintechs, além de o cenário macroeconômico favorável em 2025 ter favorecido mais outros bancões.

No entanto, a casa destaca que o cenário mudou bastante e, em meio a um cenário desafiador que deve persistir em 2025, o Itaú é apontado como o melhor entre os bancões, com resultados e balanço sólido para atravessar uma eventual crise.

“É importante lembrar que o Itaú paga proventos mensalmente aos seus acionistas e faz distribuições complementares, quando oportuno”, dizem os analistas da Empiricus.

Veja as ações mais recomendadas para buscar dividendos

Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 16 instituições. Para maio, foram indicadas 40 ações, somando 129 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, AndBank, BB Investimentos, BTG Pactual, Daycoval, Empiricus Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, PagBank, Planner, Rico, Safra, Santander, Toro e XP Investimentos.