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Petrobras (PETR4) inicia bem o ano e Casas Bahia (BHIA3) tomba 30%; os destaques do Ibovespa em janeiro

31 jan 2024, 20:16 - atualizado em 31 jan 2024, 20:16
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Casas Bahia derrete em janeiro; Petrobras é destaque de alta (Imagem: Casas Bahia/Divulgação)

O Ibovespa acabou janeiro distante dos patamares históricos vistos no fim do ano passado. O índice cravou perdas de mais de 4% no mês, fechando esta quarta-feira (31) abaixo dos 128 mil pontos.

Janeiro foi um mês de altas mais modestas. Petrobras (PETR4) teve a maior valorização e subiu 8,62%. Hoje, o valor de mercado da gigante petroleira é de R$ 539,7 bilhões.

Além do avanço do petróleo, analistas do BTG Pactual avaliam que uma leitura mais benigna dos principais riscos da tese da Petrobras pelo mercado e a crescente confiança dos investidores de que a companhia poderá repetir a dose e entregar retornos elevados também em 2024 via dividendos e recompras de ações impulsionaram a estatal na bolsa brasileira.

Aos investidores mais temerosos com a exposição da Petrobras ao cenário político, o BTG acredita que o pragmatismo prevalecerá, abrindo caminho para novos resultados sólidos e pagamento de dividendos substanciais.

Em dividendos extraordinários, o BTG projeta um pagamento de US$ 7,1 bilhões com base nos resultados do ano fiscal de 2023 e US$ 4,3 bilhões adicionais com base no ano fiscal de 2024, totalizando US$ 11,4 bilhões nos próximos cinco resultados trimestrais, ou um dividend yield (rendimento do dividendo) de 11%.

“Combinada com a distribuição orgânica acima mencionada de US$ 15,8 bilhões, a distribuição total poderia chegar a US$ 27,2 bilhões, resultando em um enorme dividend yield de 27%”, destaca o banco.

Com recomendação de compra para as ações da Petrobras, o time de análise faz questão de reforçar que existe bastante espaço para “acomodar uma remuneração aos acionistas que exceda a sua política de distribuição”.

  • As melhores e as piores ações de janeiro: Analistas comentam o que motivou o desempenho positivo (ou negativo) dos papéis, e ainda revelam suas recomendações para fevereiro. Confira no Giro do Mercado clicando abaixo:

Casas Bahia tomba 30% e lidera perdas

Do lado das quedas, a Casas Bahia (BHIA3) liderou o ranking após derreter 30,67% no mês. As perspectivas para a companhia em 2024 seguem desafiadoras, com BB Investimentos projetando mais um ano de “seca”.

No início do mês, o banco rebaixou a recomendação das ações para venda, citando o movimento delicado vivido pela varejista.

De acordo com o BB, o rebaixamento de ratings corporativos e de crédito acendeu um alerta quanto ao elevado risco de execução do plano de recuperação da Casas Bahia.

Analistas do mercado também projetam mais um balanço fraco da empresa. O Banco Safra, por exemplo, espera que a Casas Bahia apresente na temporada do quarto trimestre de 2023 números negativamente afetados condições macro difíceis, principalmente nos segmentos 1P e lojas físicas, que são altamente expostos a eletrônicos e eletrodomésticos.

Na avaliação do banco, isso deve fazer com que as receitas da companhia recuem 17%. Em termos de margens, os resultados da Casas Bahia devem mostrar impacto negativo advindo de ajustes relacionados ao processo de turnaround.

A expectativa do Safra é de prejuízo líquido de R$ 635 milhões para a empresa devido a uma combinação de piora na performance operacional e despesas financeiras maiores.

Confira as maiores altas do Ibovespa em janeiro:

Empresa Ticker Valorização (%)
Petrobras PETR4 8,62
Petrobras PETR3 8,16
Cielo CIEL3 7,34
Grupo Soma SOMA3 6,31
PetroReconcavo RECV3 6,12

Confira as maiores quedas do Ibovespa em janeiro:

Empresa Ticker Valorização (%)
Casas Bahia BHIA3 -30,67
MRV MRVE3 -29,83
Vamos VAMO3 -18,87
Braskem BRKM5 -18,53
EzTec EZTC3 -17,43

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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