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Petrobras (PETR4): Tubarões do mercado desistiram da ação depois da eleição de Lula?

20 fev 2023, 16:00 - atualizado em 17 fev 2023, 17:17
Lula
Investidor que tem um viés altista para o petróleo acaba no momento preferindo outras empresas, segundo gestor. (Imagem: REUTERS/Mariana Greif)

Gestores de recursos mantêm um distanciamento das ações da Petrobras (PETR4), oscilando entre o ceticismo com os possíveis novos projetos da empresa e a espera por saber como avaliar a companhia, desde que o presidente Lula foi eleito.

“Eu estava mais cético com a Petrobras no passado”, afirmou o sócio da Clave Capital, André Caldas, durante o CEO Conference da última semana, promovido pelo BTG Pactual. “O papel não colapsou [com a eleição de Lula]”.

Caldas disse que a ação da petroleira está “barata”, mas destacou que a Clave Capital aguarda definições dos planos da empresa. “A gente não acha que o governo tem interesse em destruir valor da empresa, mas vê uma vontade de explorar novos segmentos”.

Um outro gestor, que preferiu não se identificar, indicou ao Money Times já estar crente de que os planos do governo envolverão a construção de novas refinarias e o investimento em políticas sociais. “Não dá para ser acionista com o que vão fazer com a empresa”, afirmou, destacando que mantém posições em outras petroleiras.

O sócio da BTG Pactual Asset Management, Laercio Henrique, frisou que faz sentido estar posicionado no setor porque o petróleo, na avaliação dele, deve passar por um bom momento, com a perspectiva de reabertura da China, baixa de estoques estratégicos nos Estados Unidos e guerra na Ucrânia.

Para Henrique, o investidor que tem um viés altista para a commodity acaba no momento preferindo outras empresas. “Sempre vai ter uma discussão sobre a política de preços”, comentou durante o evento do BTG. “A gente entende que vai ser criada uma nova política e com isso prefere exposição a outras companhias do setor”.

O gestor da Ibiúna, André Lion, disse ao Market Makers, podcast do mesmo grupo que o Money Times, que reduziu exposição ao papel da Petrobras após a eleição de Lula.

“O que mudou na equação foi o risco, passamos a ter um governo muito mais vocal e contrário às práticas de mercado. Isso muda o perfil”, disse, destacando que “as mudanças podem não ser tão profundas assim”, mas que também aguarda novos anúncios para alterar a posição.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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