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Gestor espera sinais de Lula para encher carrinho com Petrobras (PETR4); ‘Não tem nada parecido’, diz

20 jan 2023, 12:18 - atualizado em 20 jan 2023, 20:45

A Petrobras (PETR4) segue como uma das principais e controversas empresas da Bolsa. Há investidores que não querem nem ouvir o nome devido ao risco estatal. Já outros avaliam a companhia como barata, apesar de não descartarem o risco.

No 28º episódio do Market Makers, apresentado por Thiago Salomão e Renato Santiago, os gestores André Lion, da Ibiúna, e Camilo Marcantonio, da Charles River, explicam por que ainda mantém Petrobras na carteira.

Lion reduziu exposição ao papel após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu mexer na política de preços e de dividendos da companhia.

“O que mudou na equação foi o risco, passamos a ter um governo muito mais vocal e contrário às práticas de mercado. Isso muda o perfil de risco”, coloca.

Porém, o gestor diz que a empresa não irá retomar o período Dilma Rousseff, quando chegou perto de quebrar.

Veja o episódio na íntegra:

Na época, a estatal havia perdido mais de US$ 131 bilhões em valor de mercado, com uma dívida que somava US$ 398 milhões. Hoje, a dívida está abaixo de US$ 60 bilhões.

Contudo, ele alerta que a companhia pode piorar. ” Se o risco sobe, diminuímos a exposição”, discorre.

Mesmo assim, Lion acha que “as mudanças podem não ser tão profundas assim”. Ele aguarda o processo de troca da estatal para saber se eleva posição em Petrobras.

O governo indicou Jean Paul Prates para a presidência, nome elogiado pela experiência, mas temido pelas críticas sobre a política de preços.

Até o momento, Prates promete que a Petrobras não irá desvincular seus preços de combustíveis dos valores internacionais, mas deixará de seguir o preço de paridade de importação (PPI) para calcular as cotações de venda de seus produtos refinados.

Veja o episódio na íntegra:

“Tivemos uma troca de governo. Alterações vão acontecer, mas é preciso entender se essa alteração é cosmética para responder aos eleitores. Só que precisa fazer sentido do ponto de vista econômico”, coloca.

Para ele, o valuation (valor) da Petrobras não tem nada parecido no mundo, com ativos e com o mercado que possui.

Marcantonio, da Charles River, vai pelo mesmo caminho ao dizer que a estatal está barata.

“Precisamos lembrar que a Petrobras é muito grande. Não será o investimento de R$ 5 bilhões que irá afetá-la. As margens de segurança são muito maiores do que isso. Temos uma empresa negociando a 2x o Ebitda. Quando esse preço derreteu, a gente recomprou uma posição. Para perder valor, precisa ser algo muito grande, com subsídio grande”, completa.

A Petrobras, que atingiu máximas de R$ 37, hoje negocia a R$ 25, um tombo de 32%.

Veja o episódio na íntegra:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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