Petroleiras em forte alta: Prio (PRIO3) salta mais de 5% e Petrobras (PETR4) sobe quase 3%

Em dia de forte apetite ao risco no Brasil e no exterior, as petroleiras ganharam força e operaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (12). Prio (PRIO3) figurou como uma das ações com melhor desempenho do principal índice da bolsa brasileira.
PRIO3 subiu 5,15%, a R$ 38,56. Na sequência, PetroReconcavo (RECV3) teve alta de 3,24%, a R$ 14,67 e Brava Energia (BRAV3) registrou ganhos de 1,01%,a R$ 20,01. Acompanhe o Tempo Real.
No caso de Petrobras, as ações ordinárias (PETR3) tiveram avanço de 2,71%, a R$ 34,10, enquanto as ações preferenciais (PETR4) subiram 2,39%, a R$ 31,65 — sendo os papéis mais negociadas do mercado acionário doméstico com mais de 53 mil negócios na expectativa pelo balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25).
A disparada dos papéis das petroleiras está ligada ao desempenho do petróleo no mercado internacional. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para junho, fecharam com alta de mais de 1%, com o barril no nível de US$ 65.
O que impulsiona o petróleo hoje?
O petróleo é considerado um principais dos “termômetros” do mercado para medir o apetite e aversão a risco dos investidores. Nesta segunda-feira (12), o bom humor dos agentes financeiros é impulsionado pelo acordo temporário entre os Estados Unidos e a China sobre as tarifas adicionais de importação, firmado na véspera (11).
As duas maiores economias do mundo reduziram as taxas sobre os bens e mercadorias por 90 dias. Durante o período, a tarifa dos EUA sobre os produtos chineses caíram de 145% para 30%, enquanto as taxas da China sobre os produtos norte-americanos passaram de 125% para 10%.
“A notícia de que China e os Estados Unidos concordaram em reduzir – ao menos momentaneamente – as tarifas para o comércio entre os dois países, naturalmente, soa como música aos ouvidos dos investidores”, disse a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.
Hoje (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as taxas sobre os produtos da China não retornarão ao nível de 145% após o período de três meses. Segundo ele, Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo.
Esse foi o segundo acordo firmado pelos Estados Unidos com países parceiros após o ‘tarifaço’ de Trump. O primeiro foi anunciado pelos EUA e o Reino Unido na última quinta-feira (8).