Mercados

Petróleo bate máxima em sete anos em meio a conflitos e demanda aquecida

18 jan 2022, 11:31 - atualizado em 18 jan 2022, 11:43
Petróleo
Petróleo tipo Brent atinge sua máxima desde outubro de 2014 (Imagem: Reuters/Vasily Fedosenko)

Os preços do petróleo disparavam mais de 1% nesta terça-feira (18), batendo sua máxima desde 2014, em meio às tensões no Golfo Pérsico e a divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O preço do barril tipo Brent, usado como referência pela Petrobras (PETR4), atingiu US$ 88 em Londres, um recorde desde outubro de 2014.

Por volta das 11h, o barril operava em alta de 1,35%, negociado a US$ 87,70.

Já o preço do barril WTI, petróleo de referência nos Estados Unidos, também era negociado em sua máxima de sete anos, acima dos US$ 85.

A XP Investimentos destaca que os preços do petróleo em suas máximas colocam em risco a desinflação global prevista para este ano.

“A tendência é impulsionada pela forte demanda nas maiores regiões consumidoras do mundo, como EUA e Europa, e está acontecendo apesar da sinalização do Fed de uma política monetária mais apertada à frente”, comenta.

Conflito e Opep

Opep reduz previsão sobre a oferta de petróleo do Brasil e enxerga demanda global aquecida pela commodity neste ano (Imagem: Reuters/Dado Ruvic)

Um ataque de drone reivindicado pelos rebeldes houthis (milícias xiitas) do Iêmen, apoiados pelo Irã, visando uma importante instalação de petróleo em Abu Dhabi matou três pessoas na segunda-feira e provocou um incêndio no aeroporto internacional da capital dos Emirados Árabes Unidos.

Seis pessoas também ficaram feridas em uma área industrial onde a empresa estatal de energia de Abu Dhabi administra uma rede de oleodutos e uma instalação de armazenamento de petroleiros.

Além dos conflitos no Oriente Médio, a Opep reduziu a previsão para a oferta brasileira da commodity em 2022.

O volume caiu de 3,84 milhões de barris por dia (bpd) a 3,82 milhões de bpd, de acordo com os dados constam no relatório mensal divulgado nesta terça.

O resultado representaria um avanço de 190 mil bpd em relação a 2021, quando a produção nacional somou 3,62 milhões de bpd, de acordo com estimativas do cartel.

Em 2022, a demanda global por petróleo foi mantida em 4,2 milhões de barris por dia, com um total de consumo diário em 100,8 milhões de barris diários.

Apesar dos impactos da variante ômicron, a Opep reforça que as projeções de atividade econômica permanecem robustas. A expectativa é de que o mercado de petróleo tenha suporte durante 2022.

Veja o relatório mensal da Opep:

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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