Petróleo

Petróleo renova mínima de duas semanas, com dólar mais forte e aperto monetário remando contra

20 set 2022, 17:39 - atualizado em 20 set 2022, 17:39
Petróleo
Petróleo volta a operar no mesmo patamar de duas semanas atrás (Imagem: Reuter)

O petróleo recua nesta terça-feira (20), com investidores de olho no evento que define a semana: o anúncio de política monetária do Federal Reserve.

Por volta das 16h30, os futuros de WTI (referência americana) e Brent (internacional) caíam, respectivamente, 1,80% e 1,52%.

Com o desempenho do dia, o Brent, tipo utilizado pela Petrobras (PETR4) na formulação dos combustíveis domésticos, voltou a ser negociado na faixa dos US$90/barril.

Aumento de juros e disparada do dólar pressionam mercados

Enquanto os dirigentes do Fed se reúnem em confidencialidade para decidir o curso da política monetária americana, os mercados da commodity tentam se conformar com a perspectiva mais otimista de um aumento de 75 pontos-base. 

Os efeitos que um aperto monetário prolongado, como sinaliza o Fed, pode exercer sobre a demanda energética têm deixado os investidores da commodity receosos. Ainda não está claro se a ação dos Bancos Centrais tirará o ímpeto de crescimento da demanda por petróleo, ou se a estacionará por completo.

Em seu último relatório, a Agência Internacional de Energia (EIA) dá cor a um cenário com ares de recessão ainda este ano, com a interrupção do crescimento da demanda ocorrendo no último trimestre.

Além da questão monetária, o petróleo tem sofrido uma pressão de ordem cambial, à medida que o dólar reaparece como a divisa da ‘fuga de riscos’. O índice DXY, que mede a variação da moeda estadunidense ante uma cesta de pares fortes, navega aos 110,11 pontos, renovando as máximas de 2022.  Desde os 95 pontos que tinha no início do ano, o índice subiu 15%.

A manutenção do câmbio valorizado para os EUA torna a compra da commodity mais cara por outros parceiros, entre eles a China, uma das líderes em consumo mundial.

Petroleiras acompanham movimento negativo

A queda do petróleo gerou reveses as ações das principais petroleiras do mundo.

A Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,68%.

Em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdiam, respectivamente, 0,82% e 0,40%. Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL)  desponta como uma exceção ao movimento, subindo 0,27%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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