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PetroReconcavo (RECV3) não é mais ‘compra’, diz BBI; ação volta a cair forte após despencar quase 20%

16 mar 2023, 19:28 - atualizado em 16 mar 2023, 19:28
PetroReconcavo
PetroReconcavo é negociada com prêmio para PRIO, o que não parece justo, avalia BBI (Imagem: PetroReconcavo)

Um dia após as ações da PetroReconcavo (RECV3) despencarem 19,27%, analistas do Bradesco BBI rebaixaram a recomendação da empresa de “compra” para “neutro”. O preço-alvo também foi cortado, de R$ 37 a R$ 30, mostra um relatório da Ágora Investimentos divulgado nesta quinta-feira (16).

A redução ocorre porque a instituição incorporou os números do último relatório de reservas. Entre os dados reportados pela companhia, o BBI destaca a queda de 6% ao ano, em média, da produção projetada para os próximos três anos e o aumento de investimentos em US$ 500 milhões.

“Como resultado, a duration do fluxo de caixa ao acionista (FCFE) se deteriorou com apenas 34% vindo dos próximos cinco anos, contra 52% anteriormente”, afirmam Vicente Falanga e Ricardo França, que assinam o relatório.

O BBI também elevou a taxa de desconto em 1,50 ponto percentual, visto que a PetroReconcavo passará a incorporar projetos de perfuração mais complexos, exigindo a contratação de mão de obra especializada no exterior.

Na avaliação dos analistas, negociada a 3,4 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) e 5,5 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023, a PetroReconcavo está com um prêmio de 48% para a PRIO (PRIO3), o que parece injusto.

“A RECV3 não deveria ter um prêmio de avaliação sobre PRIO3, uma vez que esta última tem maior potencial de crescimento e um histórico mais consolidado”, defendem Falanga e França.

Mesmo em um cenário de recuperação dos preços do petróleo (sob pressão no curto prazo), a preferência do BBI recai sobre PRIO e 3R Petroleum (RRRP3).

As ações da PetroReconcavo voltaram a cair forte nesta quinta. O papel recuou 6,66%, fechando na cotação de R$ 20,73.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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