Economia

PIB: Crescimento econômico dos EUA acelera no terceiro trimestre

26 out 2023, 10:26 - atualizado em 26 out 2023, 11:29
PIB EUA
O PIB dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2021. (Imagem: Unsplash/Robert Linder)

A economia dos EUA apresentou o maior crescimento em quase dois anos no terceiro trimestre, conforme salários mais altos em um mercado de trabalho apertado ajudaram a impulsionar os gastos dos consumidores, desafiando novamente alertas sobre uma possível recessão que persistem desde 2022.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2021, informou o escritório de análises econômicas do Departamento de Comércio em sua estimativa preliminar para o período. Economistas consultados pela Reuters previram que o PIB cresceria a uma taxa de 4,3%.

As estimativas variaram de 2,5% a 6,0%, um intervalo amplo que reflete o fato de que dados como pedidos de bens duráveis de setembro, saldo comercial e números dos estoques no atacado e no varejo terem sido publicados ao mesmo tempo que o relatório do PIB.

  • Além do IPCA-15 no Brasil, dados macroeconômicos também movimentam a manhã nos EUA: Veja como o PIB pode mexer com as perspectivas para a próxima reunião do Federal Reserve no Giro do Mercado: 

A economia cresceu a um ritmo de 2,1% no trimestre abril-junho, e está se expandindo bem acima do nível que as autoridades do Fed consideram não inflacionário, de cerca de 1,8%.

Embora seja improvável que o ritmo de crescimento robusto registrado no 3º trimestre seja sustentável, o dado prova a resiliência da economia, apesar dos aumentos agressivos das taxas de juros pelo Federal Reserve. O crescimento pode desacelerar no quarto trimestre devido às greves da United Auto Workers e à retomada do pagamento de empréstimos estudantis por milhões de americanos.

A maioria dos economistas revisou suas previsões e agora acreditam que o Fed pode estabelecer uma “aterrissagem suave” para a economia, apontando para a força da produtividade dos trabalhadores e para a moderação do crescimento dos custos unitários de mão de obra no segundo trimestre, que eles avaliam que terá sido mantida no período de julho a setembro.

Os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foram os principais impulsionadores do crescimento no terceiro trimestre.

Um mercado de trabalho forte está dando suporte subjacente aos gastos. Embora o crescimento dos salários tenha desacelerado, ele está aumentando um pouco mais rápido do que a inflação, elevando o poder de compra das famílias.

A resiliência do mercado de trabalho foi evidenciada em um outro relatório do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, mostrando que o número de pessoas que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou para 210.000, em dado com ajuste sazonal, durante a semana encerrada em 21 de outubro, em comparação com 200.000 na semana anterior.

É provável que os dados do PIB não tenham impacto sobre a política monetária de curto prazo, em meio a um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e ao movimento de venda do mercado de ações, que tornaram as condições financeiras mais restritivas.

Os mercados financeiros esperam que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas em sua reunião de política monetária de 31 de outubro a 1º de novembro, de acordo com o FedWatch do CME Group. Desde março, o banco central dos EUA aumentou sua taxa básica de juros em 525 pontos-base para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.