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PIB da eurozona no 2º tri foi positivo para o agro do Brasil e indica mais ganhos; variante Delta é alerta

30 jul 2021, 11:07 - atualizado em 30 jul 2021, 11:19
Porto Paranagua
Vendas brasileiras para a Europa melhoraram e podem seguir assim com o crescimento econômico de todos os países do bloco Imagem: Twitter

Apesar de a maior economia europeia, a Alemanha, ter apresentado um crescimento menor do que o esperado, a zona do euro saiu do segundo trimestre bem mais forte antes as previsões gerais. E melhora as perspectivas para as exportações brasileiras do agronegócio principalmente, a continuar a expansão registrada pela Eurostat.

Por sinal, as vendas do Brasil ao continente, incluindo países que não adotam a moeda comum, como a Inglaterra, foram melhores de janeiro a junho, refletindo no reforço das importações do bloco no segundo trimestre.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 membros da eurozona, segundo a agência de estatística, avançou 2% sobre o 1º trimestre e mais 13,7% na comparação anual, e as exportações brasileiras do agronegócio cresceram 16,5% no acumulado do semestre.

Foram US$ 8,9 bilhões, representando 14,5% de participação no conjunto dos embarques, acima do mesmo período de 2020. A União Europeia (UE) é o segundo destino do agro, atrás dos US$ 23,9 bilhões que a China importou.

“Isso mostra que há espaços para aumento das exportações brasileiras de maior valor agregado”, diz o consultor em comércio exterior, Michel Alaby, destacando a vantagem daquele mercado: a compra de produtos processados ou semi-processados, com exceção do café, cuja maior parte é exportado cru.

As condições para a sequência de expansão, para o segundo semestre, estão dadas, segundo o Banco Central Europeu (BCE), depois de duas recessões técnicas verificadas desde o início da pandemia.

Ainda paira o alerta em relação à maior capilarização da variante Delta, mas o relaxamento das medidas para conter a covid devem continuar. Os dois países que mais recentemente anunciaram o fim das restrições mais rígida foram a França e Portugal.

Para o Brasil, no entanto, o CEO da Alaby & Consultores Associados, adverte que o País precisaria melhorar a imagem em relação às questões ambientais e que implicam em algumas barreiras não-tarifárias, principalmente sobre o complexo carnes e soja. 

Atrasa, inclusive, avanço nas negociações para um acordo com o Mercosul.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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