Economia

Pior já passou no mercado de Treasuries, diz gestor do JPMorgan

19 maio 2022, 20:39 - atualizado em 19 maio 2022, 20:39
JPMorgan
Os yields das notas de 10 anos subiram mais de 2 pontos percentuais para o pico de 3,2% em 9 de maio (Imagem: Reuters/Mike Segar/File Photo)

O pior da liquidação que atropelou o maior mercado de títulos do mundo provavelmente já passou, segundo a JPMorgan Asset Management.

Essa é a visão de Seamus Mac Gorain, chefe de taxas globais da gigante de investimentos de US$ 2,5 trilhões, que acha que os mercados já precificaram em grande parte as expectativas de aumentos agressivos nas taxas de juros dos EUA para combater a inflação mais alta em quatro décadas.

Mesmo que os rendimentos sejam maiores a partir daqui, a maior parte das perdas dolorosas já aconteceu, disse ele.

Os títulos do Tesouro americano ainda podem “atingir rendimentos um pouco mais altos, talvez você chegue a 3,25%”, disse Mac Gorain sobre a nota de 10 anos, que foi negociada em torno de 2,9% na quinta-feira. “Mas acho que a verdade é que muito do movimento de curto prazo já aconteceu neste momento. Já tivemos uma correção bem grande.”

Ele continua a manter uma posição vendida em Treasuries, acrescentou.

O mercado se recupera da pior queda dos títulos dos EUA desde o início do Bloomberg Treasury Index em 1973, que caiu 9% este ano.

Os yields das notas de 10 anos subiram mais de 2 pontos percentuais para o pico de 3,2% em 9 de maio, enquanto o rendimento das de dois anos mais sensíveis às taxas de juros saltaram mais de 2,5 pontos percentuais.

O JPMorgan Asset se junta a um pequeno mas crescente grupo de investidores, incluindo Morgan Stanley e Pimco, que preveem que o pior da liquidação histórica provavelmente acabou.

Para Mac Gorain, ex-gestor de renda fixa no Banco da Inglaterra, há chance de uma contração nos EUA em 2022, já que o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatiza que o banco central considerará “mover-se com mais agressividade” para conter a inflação.

“A recessão no próximo ano é uma possibilidade muito séria”, já que o Fed busca o difícil equilíbrio entre inflação e riscos de recessão, disse.

“Você verá o aperto da política monetária começando a impactar o crescimento, terá menos apoio da política fiscal, é difícil ver qualquer grande estímulo fiscal nos EUA após as eleições de meio de mandato.”

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