Construtora desaba 9% após 1T24 fraco e com novas preocupações no radar; o que fazer com as ações?

Os números mais fracos do que o esperado da Plano & Plano na prévia operacional do primeiro trimestre de 2024 (1T24) pressionam as ações nesta sexta-feira (12). Às 11h30, PLPL3 recuava 7,13%, cotada a R$ 12,89, mas chegou a cair mais de 9%.

Do lado negativo, os analistas do Itaú BBA destacam os cancelamentos de vendas no valor de R$ 139 milhões — aumento de 136% na comparação trimestral. “Pode causar preocupações”, avaliam Daniel Gasparete e equipe.

Os distratos como percentual das vendas brutas aumentaram para 19% — frente a 9% no trimestre passado e 8% um ano antes. “Esse movimento segue a nova estratégia aplicada pela Plano & Plano de ampliar o número de clientes captados”, afirmam.

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Além disso, os analistas do Santander ressaltam que a companhia reportou números abaixo das expectativas tanto nas vendas quanto nos lançamentos do trimestre. Os lançamentos totalizaram R$ 418,1 milhões, queda anual de 5%, e as vendas líquidas foram de R$ 544,3 milhões, alta de 4%.

O Santander tem recomendação ‘outperform’ para PLPL3 e indica preço-alvo em R$ 16,50 — o que implica em potencial alta de 18% com base no último fechamento (11).

O que teve de positivo no 1T24 da Plano & Plano?

Apesar do pessimismo do mercado e, em partes, dos analistas quanto aos números da Plano & Plano no primeiro trimestre, há pontos positivos.

Os analistas do Itaú BBA e do Santander destacam que a relação vendas sobre oferta nos últimos 12 meses (ex-Pode Entrar) atingiu 51,0% — aumento trimestral de 150 pontos base. Além disso, o preço médio das unidades vendidas atingiu R$ 246,8 mil — alta de 5,4%.

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Eles ressaltam ainda que a velocidade de vendas e a duração do estoque da construtora permaneceram estáveis.

Por fim, o consumo de caixa de R$ 27,9 milhões da Plano & Plano foi positivo, comparado aos R$ 34,9 milhões no mesmo período de 2023. Além disso, a companhia aumentou sua posição de landbank em R$ 1,4 bilhão, demonstrando a capacidade de aquisição de terrenos no competitivo mercado de São Paulo.