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Por que carregar a ação da Vale (VALE3) é lucrativo, mesmo com fraqueza da China?

02 ago 2022, 13:20 - atualizado em 02 ago 2022, 13:20
Vale
De acordo com os analistas, a Vale seguirá sendo uma boa pagadora de dividendos, com um dividend yield de 16,6% (Imagem: Reuters/Washington Alves)

O papel da Vale (VALE3) vem sofrendo com a queda das commodities, em meio a eminente recessão econômica e fraqueza da demanda da China.

Apesar disso, a Ativa Investimentos reiterou a recomendação de compra para a ação da Vale, com preço-alvo de R$ 92,4, o que implica alta de quase 30%.

Segundo os analistas Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço, que assinam o documento, os papéis da companhia seguem como um bom vetor de captura perante as expectativa de melhora dos fundamentos do setor ao longo do segundo semestre.

“Esperamos uma melhora na dinâmica dos mercados de infraestrutura e manufaturas na China, bem como a realização de preços médios que permitam a obtenção de margens mais positivas que as observadas no trimestre, melhoras na dinâmica da operação de metais básicos”, colocam.

A dupla também enxerga a manutenção do atual patamar de rentabilidade proporcionada pelas suas ações tanto através de dividendos como da continuidade do programa de recompra.

Ação da Vale está barata

Em comparação à Rio Tinto, sua principal concorrente, a Vale é negociada a um EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) de 2,5x ante 4,0x da australiana.

“Isso motiva a manutenção de nossa recomendação de compra mesmo diante da entrega de menores resultados neste 2T22, da redução das metas de produção em minério de ferro e cobre e da perspectiva de que, ao longo os próximos meses, deveremos continuar a ver uma conjuntura mais instável para o setor”, completa.

Dividendos

De acordo com os analistas, a Vale seguirá sendo uma boa pagadora de dividendos, com um dividend yield de 16,6%.

Junto aos resultados, a empresa anunciou que já executara 23% de seu novo programa de recompra de ações envolvendo 500 milhões de ações ordinárias (o equivalente a 10% de seu capital social).

“Destacamos que o movimento é positivo para os acionistas da companhia, uma vez que demonstra o entendimento sobre a atratividade do papel por parte do management e ajuda a alinhar os interesses entre acionistas e a empresa”, completa.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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