Comprar ou vender?

Por que comprar Klabin (KLBN11)? Itaú BBA vê retorno de 23% ao acionista e está otimista com a celulose

27 mar 2024, 14:30 - atualizado em 27 mar 2024, 14:50
klabin
Itaú BBA vê Klabin entregando retorno de 23% ao acionista. (Imagem: LinkedIn/Klabin)

O Itaú BBA elevou a recomendação de Klabin (KLBN11) para outperform (desempenho acima da média do mercado) — equivalente à indicação de compra. Além disso, o preço-alvo dos papéis foi atualizado para R$ 29, mostra relatório publicado na terça-feira (26).

“Vemos um retorno total para o acionista (TSR) decente de aproximadamente 23% (potencial de alta de aproximadamente 17% e rendimento de dividendos de 6%) e as ações sendo negociadas a um EV/Ebitda de 7,3x para 2024″, afirmam os analistas.

No pregão desta quarta (27), por volta das 14h, KLBN11 operava em alta de 1,71%, cotada a R$ 25,02.



Os analistas Barbara Soares, Daniel Sasson, Edgard de Souza e Marcelo Palhares afirmam que o novo modelo incorpora uma visão mais otimista para os preços de celulose, papel e embalagens. “Estimamos agora um Ebitda de R$ 7,6 bilhões para 2024, o que nos coloca 14% acima do consenso”, dizem.

Eles destacam ainda que, além de um ambiente mais favorável, o desempenho anual será beneficiado pelo maior volume de papel/conversão e de uma captura de sinergias mais rápida com o projeto Caetê.

Segundo os analistas, os papéis de Klabin parecem baratos comparados com os múltiplos históricos de 8,0x e 8,5x. Além disso, veem a companhia gerando um rendimento médio decente, com fluxo de caixa livre (FCF) de 7% entre 2025 e 2027.

Celulose vai dar um empurrãozinho para Klabin

Os analistas do BBA avaliam que 2024 começou com dinâmica de oferta e demanda melhor do que o esperado para a indústria de celulose.

Na Europa, o aumento na procura de papel — devido à melhoria macroeconômica e sazonalidade — e a menor oferta de celulose com níveis menores de estoque e entregas — resultou em níveis de estoque apertados e acarretou em sucessivos aumentos de preços na região. O BBA espera que os preços atinjam US$ 1.380/tonelada em abril.

Na China, as tendências de consumo mais fortes apoiaram os envios resilientes de celulose e o sentimento mais favorável dos compradores. Os analistas preveem que os preços ficarão em US$ 670/tonelada no ano.

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“A melhoria da dinâmica da indústria de celulose no primeiro trimestre de 2024 resultou em implementações bem-sucedidas de aumentos de preços na Europa e na China. […] Para a Klabin, projetamos preços médios realizados de celulose de fibra curta em US$ 690/tonelada e que a divisão alcance Ebitda R$ 2,6 bilhões em 2024 — aumento de 13%”, dizem.

De olho no papel

Além da celulose, os analistas do BBA estão otimistas com o papel. Eles esperam que os volumes da linha Kraftliner da Klabin aumentem para 550 mil toneladas (+40%) em 2024. Para os preços, Sasson e equipe estimam um crescimento anual de meio dígito.

Em relação ao papelão, eles estimam volumes maiores, também graças ao ramp-up da PM 28, e aumento anual abaixo de um dígito nos preços.

Para as embalagens, a estimativa é de que o volume de caixas de papelão ondulado aumente para 890 mil toneladas, ajudado pelo projeto Figueira. Quanto às sacolas industriais, a recuperação do mercado interno deve corroborar com os volumes.

“Prevemos que a divisão de papel e embalagens registre um Ebitda de R$ 5 bilhões em 2024, um aumento de 25%”, finalizam.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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