Investimentos

Por que este bilionário não quer investir na China e aposta na queda do dólar

05 jan 2022, 12:17 - atualizado em 05 jan 2022, 12:20
(Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Para o investidor bilionário Jeff Gundlach, investir na China não é uma boa ideia. Segundo ele, em entrevista ao Yahoo Finance, “o país não é ‘investível’ neste momento”.

“Eu nunca investi na China — seja a longo ou a curto prazo. Não confio nos dados. Não confio na relação entre Estados Unidos e China”, explicou ele. “Eu acho que os investimentos por lá podem ser confiscados. Tipo, existe um risco disso acontecer”, afirmou.

O CEO e fundador da DoubleLine Capital fez os comentários ao mesmo tempo em que a “guerra fria” entre Pequim e a administração de Biden tem se fortalecido.

Desde o ano passado, as ações de tecnologia da China têm passado por sérios problemas, e analistas esperam que isso continue em 2022.

Para Gundlach, o crescimento da economia chinesa tem sido mais forte do que o dos Estados Unidos durante a pandemia e isso traz “preocupações em relação à expansão militar do país asiático”.

“A economia deles fica maior do que a dos Estados Unidos. O poder militar lá cresce mais. Eles têm essas armas hipersônicas que estão muito à frente das nossas, até onde eu sei”, disse.

“Ter a maior economia e o maior poder militar significa que você merece um lugar na mesa da moeda de reserva. E a China quer isso por muito tempo”, continuou.

Dólar

Gundlach, que é conhecido como “Bond King” por ter feito diversas previsões acertadas em relação ao mercado financeiro, já fez alertas em relação ao dólar e a sua manutenção como principal moeda no mundo.

Segundo ele, “a situação dos EUA em relação à moeda de reserva está se aproximando de um ultimato”.

“E essa realmente será a mudança de jogo — quando eu disser que o próximo resgate será aquele que talvez destrua as costas do camelo. Acho que isso levará o dólar para baixo”, afirmou.

“Então, na próxima recessão, eu acho, veremos a fraqueza do dólar.”

Editora
Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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