Mercados

Por que o Ibovespa desaba, apesar do arcabouço fiscal?

17 mar 2023, 12:57 - atualizado em 17 mar 2023, 13:29
Ibovespa
Ibovespa cai refletindo o mau humor externo (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa tem mais um dia negativo nesta sexta-feira (17), mesmo com a perspectiva de entrega do arcabouço fiscal. Por volta das 12h54, o índice tombava 1,26%, a 102.131 pontos. Na semana, a queda caminha para recuo de 1,64%. Em Wall Street:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Novamente, o fantasma do Credit Suisse e da crise financeira volta a provocar receios em investidores. Para Victor Benndorf, na casa que leva o seu nome, os mercados seguem o mau humor externo.

Ontem, 11 bancos dos Estados Unidos, incluindo gigantes JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo, informaram que vão injetar US$ 30 bilhões no First Republic Bank, um banco regional que vinha enfrentando dificuldades desde os recentes eventos com o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank – “o que, pelo menos no curto prazo, reduz as pressões relacionadas à um dos segmentos mais relevantes nos mercados acionários, no Brasil e no mundo”, destaca a Ágora Investimentos.

As ações do Credit Suisse voltaram a recuar fortemente, abandonando ganhos iniciais, em um sinal de que a confiança de investidores continua frágil.

Além disso, os investidores estão no aguardo do desfecho da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que acontece nos dias 21 e 22 de março e da Selic, que ocorre no mesmo dia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O economista-chefe do Itaú e ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, Mario Mesquita, aponta que uma redução da Selic já na próxima reunião pode ser um erro.

Outro fator que pressiona os papéis nesta sessão é vencimento de opções sobre ações “um combustível adicional para a maior volatilidade”, coloca a corretora.

Aqui no Brasil, depois de muita expectativa, parece que o novo arcabouço fiscal finalmente seguirá em frente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se encontrar com o ministro Fernando Haddad nesta sexta-feira (17) para aprovar a regra que vai substituir o teto de gastos.

A proposta já recebeu o aval de Simone Tebet e Geraldo Alckmin, sendo despachado para o Palácio do Planalto na quarta-feira à noite. Como Lula teve uma agenda cheia ontem, a reunião com Haddad ficou para hoje. Ainda assim, a reunião será ampla, com a presença do vice-presidente da República e da ministra do Planejamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O PP e o União Brasil disputam a relatoria do projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara. Arthur Lira defende Aguinaldo Ribeiro (PB) ao cargo, mas membros do União dão como certo que Mendonça Filho (PE) exercerá a função.

“Lembrando: cabe ao relator elaborar um parecer, aprovando ou não, as novas regras de controle dos gastos públicos. A expectativa é que Lula aprove os termos alinhados pela equipe econômica e que o projeto seja então encaminhado à Câmara. Com o projeto relatado por um partido de Centro, o governo espera ter mais facilidade na aprovação”, pontua a equipe da Ajax Asset.

Para o economista e pesquisador do Insper, Marcos Mendes, o texto não irá ancorar as expectativas fiscais.

“Vai ser uma coisa bonitinha, dizendo que temos um arcabouço fiscal de médio prazo para sinalizar a redução da dívida, mas não gerará o controle de despesa no montante que nós precisamos para estabilizar a dívida pública”, declara.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Ações e Ibovespa

Entre as ações do Ibovespa, a 3R Petroleum (RRRP3) disparava após a Petrobras (PETR4) ter ratificado a continuidade do processo de transição do Polo Potiguar.

Por outro lado, bancos caiam em bloco após o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduzir a taxa de juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS para 1,70% ao mês.

Com Juliana Américo e Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Leia mais sobre:
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar