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Por que Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) caem forte nesta quarta-feira (28)?

28 maio 2025, 11:40 - atualizado em 28 maio 2025, 17:39
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A queda de Vale (VALE3) e das mineradoras em bloco com queda do minério de ferro pela quarta sessão consecutiva (Imagem: Reuters)

As companhias de mineração operam entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (28) na esteira do desempenho negativo do minério de ferro pelo quarto dia consecutivo. Os preços da commodity atingiram o menor nível em cinco anos. 

A ponta negativa do principal índice da bolsa brasileira foi liderada pela maior parte do pregão por CSN (CSNA3), que chegou a recuar mais de 5%. CSNA3 encerrou com queda de 3,67%, a R$ 8,67. Usiminas (USIM5) caiu 4,67%, a R$ 1,02%. 

Vale (VALE3), que é uma das ações com maior peso na carteira do Ibovespa, chegou a cair mais 1% na primeira parte do pregão e fechou com queda de 0,80%, a R$ 53,41. Acompanhe o tempo real. 



Além da queda do minério de ferro, os investidores repercutem a decisão do governo brasileiro de renovar as tarifas de 25% sobre 23 produtos siderúrgicos.

A renovação do sistema  ocorreu nos mesmos moldes de sua criação no ano passado, incluindo uma margem adicional de 30% calculada com base no volume de importações que chegou ao país entre 2020 e 2022 — e que era criticada pelo setor siderúrgico por ser muito ampla.

Os produtos incluem laminados a quente e galvanizados e tiveram cotas de importação definidas entre 1,4 mil toneladas e 29,4 mil toneladas, informou o Ministério do Desenvolvimento. Atualmente as tarifas de importação deles são de 12,6%.

O que derruba o minério de ferro hoje? 

Nesta quarta-feira (28), o minério de ferro encerrou a sessão em tom negativo na China pela quarta sessão consecutiva, com dados da produção do aço bruto. O contrato mais líquido da commodity caiu 0,14%, a 698,50 yuans (US$ 97,14) a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China.

Segundo a S&P Global Commodity Insights, a expectativa é de que a produção deve cair para 968 milhões de toneladas, 37 milhões de toneladas a menos do que em 2024.

A produção diária de aço bruto das principais siderúrgicas em maio também caiu 0,3% em relação ao mês anterior, para 2,2 milhões de toneladas, de acordo com dados da consultoria Lange Steel, citando estatísticas da Associação da Indústria de Ferro e Aço da China.

Em linhas gerais, os cortes na produção de aço podem prejudicar a demanda por minério de ferro, um dos principais ingredientes da fabricação de aço.

O enfraquecimento da commodity tem como pano de fundo as preocupações sobre da demanda do metal, em meio a uma guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos e a fraqueza da economia chinesa — que é o maior mercado da matéria-prima no mundo —, mesmo com alguns estímulos do governo do país.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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