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Prazo da obra: Como construtoras devem evitar atraso nas entregas

21 nov 2023, 18:27 - atualizado em 21 nov 2023, 18:27
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Construtoras devem ter na ponta do lápis os cenários que podem gerar obstáculos na execução de uma obra e evitar ‘filme queimado’ (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

“Tempo, tempo, tempo, tempo”. Na voz suave de Caetano Veloso, a palavra tempo pode até soar com tranquilidade. Porém, para construtoras, significa um desafio constante.

O atraso para entregar empreendimentos na data prometida é uma das principais causas de insatisfação dos clientes. Por isso, as empresas de construção civil precisam ter na ponta do lápis todos os cenários que podem ocasionar obstáculos na execução de uma obra.

Caso contrário, não é apenas a relação com os compradores que enfraquece, como também a imagem da construtora no mercado.

Atrasos na obra e a reputação de construtoras

Reputação nenhuma sai ilesa depois de um atraso. Para entender isso, basta um exercício rápido: como você passa a enxergar um restaurante após os pratos pedidos demorarem mais do que o esperado para chegar? Provavelmente, com maus olhos.

Dito isso, se atrasos, digamos, pequenos já causam manchas na reputação, quando falamos em imóveis, a gravidade só aumenta.

Com razão, visto que a maioria dos compradores espera a entrega do apartamento como a conquista da tão sonhada casa própria. Desta forma, além de perderem credibilidade no mercado, as construtoras também sofrem com penalidades contratuais, estipuladas nos momentos de venda.

Sem falar no ‘olhar feio’ do mercado após a empresa ganhar a fama de atrasada. Esse rótulo nada agradável tem o potencial de destruir negócios, já que parceiros e fornecedores buscarão organizações que cumprem com os acordos estabelecidos. Até a participação em licitações públicas é afetada, devido ao histórico desfavorável.

Relacionamento interno é a chave de sucesso

Ao elencar os principais vilões dos atrasos dos empreendimentos, é fácil identificar boa parte deles: excesso de burocracia e custo, falta de gestão e condições climáticas.

Entretanto, o relacionamento entre as áreas internas das construtoras é pouco mencionado. Isso porque, em um projeto, as divisões da empresa só conseguem entregar suas demandas a tempo quando contam com o apoio pontual de outros setores.

Com isso, investir em planejamento integrado que garanta o fluxo de comunicação contínuo, aliado à gestão de cronograma e ao Sistema de Gestão de Projeto (SGP), é uma boa forma de se precaver de atrasos.

Além disso, realizar regularmente reuniões entre as equipes, com o intuito de deixar todas as áreas na mesma página, funciona bem.

Esse tipo de prática também favorece o fortalecimento de uma cultura pautada na responsabilidade, em que todos os profissionais, independentemente do setor, sentem-se parte ativa do 0sucesso de um projeto.

Atrasou a entrega do empreendimento. E agora?

Contudo, mesmo tomando todas as medidas contra atrasos, às vezes, ele pode acontecer. Faz parte do jogo.

Nessas horas, é momento de ativar o botão de gestão de crises e partir para a ação. Sendo assim, os primeiros passos são reajustar o cronograma de atividades e aumentar a quantidade de mão de obra.

É essencial direcionar a atenção aos nós críticos do projeto. Ou seja, os pontos que têm maior impacto sobre a data de término. No entanto, nada adianta acelerar a obra se a qualidade for por água abaixo.

Ao mesmo tempo que a velocidade aumenta, é preciso reforçar a comunicação entre os setores para evitar que novos imprevistos aconteçam. Os departamentos de controle de qualidade, de obras e de gestão de mudanças devem tomar as rédeas da situação e guiar as equipes pelo melhor caminho.

 Planejamento redondo desde o começo

Como diz o ditado: o que começa atravessado, termina atravessado. Na construção civil, isso não muda. O projeto que já dá seu pontapé inicial da forma errada dificilmente consegue se recuperar no meio da execução das obras e entregá-las na data estipulada.

Logo, desde as primeiras reuniões para criar um empreendimento, as equipes devem detalhar toda a estratégia que será colocada em prática pelos próximos meses.

Nesse detalhamento, entram tópicos centrais como gerenciamento de suprimentos, sustentabilidade e segurança. Como também monitoramento e controle do andamento e financiamento estável.

Assim, como alguém que lida diariamente com o dilema da entrega no prazo, assino embaixo quando dizem que não é uma tarefa fácil.

Porém, seguindo essas ideias, somadas ao olhar atento às particularidades de cada projeto, é possível entregar as obras no tempo certo e com a qualidade prometida.

*Eduarda Tolentino é sócia e presidente do conselho de administração da BRZ Empreendimentos

Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.
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Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.
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