Colunista Vitreo

Pré-mercado: Que comecem os jogos do fim do semestre

01 jun 2021, 9:01 - atualizado em 01 jun 2021, 9:06
Quero jogar um jogo com vocês: preparados para a volatilidade de fim de semestre? / Jogos Mortais (2004)

Bom dia, pessoal!

Na volta do feriado nos EUA e no Reino Unido, podemos ter um catch-up dos ativos de risco.

Depois de uma segunda-feira (31) um pouco truncada, muito por conta da performance do setor financeiro (em especial o alemão), as Bolsas europeias abrem esta manhã em alta.

Os futuros americanos também ensaiam um início de mês positivo, depois de um maio mais tímido do que o esperado.

Para a agenda de hoje (1º), dados de atividade nos EUA mantêm o debate do tapering (redução da compra de ativos) em foco, assim como entendemos que seguirá no centro da atenção ainda nos próximos meses.

O Brasil poderá acompanhar o bom humor global, apesar de suas tradicionais especificidades políticas. A ver…

Ruído sobre reformas

Em terras tupiniquins, o mês de junho começa com sensibilidade do mercado nacional à apresentação da força da economia, que será divulgada no PIB do primeiro trimestre, às 9 horas, e balança comercial de maio.

Os dados serão importantes, pois poderão nivelar uma elevação nas perspectivas de crescimento econômico brasileiro, que tem decepcionado e nos colocado em desvantagem em relação ao mundo.

Apesar do agravamento da crise hídrica e das pressões inflacionárias derivadas da reabertura econômica, o ambiente no qual entramos no último mês do primeiro semestre é de menor percepção de risco.

Repercutirão as notícias mistas de que Bolsonaro não quer fazer a reforma administrativa, depois de, na mesma segunda-feira, ter afirmado em evento que deseja aprovar a reforma administrativa – ninguém entendeu nada.

O mercado teme um desgaste mais acentuado de Paulo Guedes nesta reta final de possibilidade de aprovação de fatores relevantes, como as reformas tributária e administrativa.

Naturalmente, diante da nova composição de sua base (o fisiológico Centrão), as mudanças no funcionalismo não seriam prioridade do presidente, mas, se pudesse contar com um pouquinho de transparência, o mercado agradeceria.

Revisão de vetos do Orçamento e CPI da Covid entram no calendário.

No aguardo dos dados de empregos e digerindo o Orçamentão

Os investidores aguardam o relatório de sexta-feira (04) sobre a contratação nos Estados Unidos em maio para garantias de que a queda de abril tenha sido um acaso, quando os empregadores criaram 266 mil empregos, metade da média recente e bem abaixo das expectativas de 1 milhão.

Os investidores oscilam entre o otimismo com a retomada da economia global após sua queda mais profunda desde a década de 1930 e o temor de que uma inflação mais alta possa levar governos e bancos centrais a retirarem os estímulos.

Em meio a isso, surge o Orçamento de Biden, que totalizou US$ 6 trilhões, o nível sustentado mais alto de gastos federais (111,8% do PIB) desde a Segunda Guerra Mundial.

O financiamento para a agenda seria obtido aumentando os impostos sobre as corporações e os ultrarricos.

O pacote está sendo conduzido pelo American Jobs Plan (infraestrutura física) e pelo American Families Plan (infraestrutura humana), duas propostas que custam mais de US$ 4 trilhões.

Também aumentaria os gastos federais para US$ 8,2 trilhões por ano até 2031, o que significa déficits anuais de mais de US$ 1,3 trilhão, sendo de US$ 1,8 trilhão em 2022.

Com os democratas no controle de ambas as câmaras do Congresso, Biden tem melhores chances do que qualquer presidente da história recente de aprovar sua agenda, especialmente se puder negociar com legisladores partes de seu pacote de infraestrutura.

Revisou a revisão… mais uma vez

Publicado nesta segunda, o relatório mais recente sobre perspectiva econômica da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) trouxe várias revisões para a projeção de crescimento global.

A autoridade elevou suas previsões de produção econômica global para 2021 graças às vacinas e ao estímulo fiscal dos EUA.

A organização prevê alta de 5,8% no Produto Interno Bruto (PIB) global em 2021, frente a uma contração de 3,5% em 2020.

Para o G20 o crescimento deverá ser de 6,3% e para a Zona do Euro, de 4,3%. Sua previsão de crescimento nos EUA foi elevada de 6,5% para 6,9% e a da China aumentou de 7,8% para 8,5%.

O crescimento é subestimado porque, em uma crise, a capacidade de adaptação das pessoas é sempre subestimada.

O relatório prevê, porém, uma recuperação econômica desigual, alertando que os países emergentes estão ficando para trás. Sua previsão de crescimento para a Índia, por exemplo, foi reduzida de 12,6% para 9,9%.

É algo para ficarmos atentos para o caso brasileiro hoje, na entrega do PIB do primeiro trimestre.

Anote aí!

Para nós brasileiros, vale acompanhar o PIB do primeiro trimestre agora de amanhã, que deve subir 0,70% na comparação com o trimestre anterior.

A CPI da Pandemia do Senado ouve a médica oncologista e imunologista Nise Hitomi Yamaguchi, enquanto está prevista sessão do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais e remanejamento de verbas do Orçamento.

Outros dados econômicos locais incluem: IPC-S de maio (dados de inflação), Índice de Preços ao Produtor e de Indústrias Extrativas e de Transformação em abril, Balança Comercial de maio e índice dos gerentes de compra industrial (PMI da indústria).

Lá fora, contamos com a continuidade da reunião dos membros da Opep+, que poderá afetar o preço do petróleo. PMIs da Zona do Euro movimentam as Bolsas pela manhã, enquanto o mesmo dado, nos EUA, provocará volatilidade na terra do Tio Sam.

Há várias pesquisas de opinião sobre o sentimento dos negócios hoje – no relativo, as pesquisas de opinião aceleraram no primeiro semestre e devem arrefecer a partir do segundo.

Muda o que na minha vida?

A China deve substituir sua política de um filho por uma de três filhos. Isso mesmo, vocês não leram errado.

Apesar de uma ala de economistas concordar que alterar essas políticas não mudará necessariamente a demografia, uma vez que o foco no crescimento populacional parece uma forma bastante antiquada de buscar influenciar a atividade econômica, a notícia ainda chama atenção.

O anúncio do Partido Comunista da China foi realizado ontem, segunda-feira (31), tendo sido justificado pelo rápido envelhecimento da população.

Assim, ter mais filhos seria a forma de garantir um número adequado de futuros trabalhadores.

Contudo, os tempos são outros.

A China de hoje não é a mesma de quando a lei do filho único foi criada – na atualidade, já com uma sociedade ocidentalizada, os casais são afastados da ideia de mais filhos pelos altos custos e pressões do trabalho.

No final, talvez não mude o jogo.

A discussão também se dá em um contexto de desaceleração da atividade chinesa, em processo de normalização depois do repique do ano passado.

O índice oficial dos gerentes de compras de manufatura (PMI) da China, por exemplo, vem diminuindo há alguns meses, ainda que tenha vindo acima do esperado em maio (provocando alta do petróleo para cima de 70 dólares o barril), enquanto o PMI de não manufatura, que inclui serviços, aumentou modestamente – a troca entre bens e serviços pode ser verificada em diferentes localidades.

Outra movimentação que provoca ruído sobre o mercado é a do risco de aperto monetário chinês.

Na segunda-feira, os bancos comerciais chineses foram obrigados a manter mais de sua moeda estrangeira como reserva no banco central para limitar as vendas e conter o aumento da taxa de câmbio do yuan, que subiu 12% em relação ao dólar em maio.

Normalização da aceleração, aperto monetário e envelhecimento populacional.

Esses são fatores estruturais e conjunturais importantes para os mercados asiáticos, que tem repercussão em nossa economia brasileira, uma vez que uma bonança chinesa pode ser lida como benefício para o Brasil em termos de exportação e investimentos.

Fique de olho!

O mês de maio foi marcante para aqueles que têm criptomoedas. Quedas de 40% em questão de dias, retomadas de 30% em questão de dias… Aconteceu de tudo.

Como você sabe, aqui estamos mantendo as nossas posições, pois acreditamos na tese, principalmente no longo prazo.

Mas ninguém está olhando para um evento que vai acontecer nas próximas semanas. Um reset em uma das áreas mais promissoras do mercado de criptomoedas.

Um recomeço em um setor deste mercado que acumula uma alta de 2.900% nos últimos 12 meses e 530% no ano de 2021.

Nós vamos lançar um vídeo especial na próxima segunda-feira só para falar sobre o assunto.

Pode ser uma chance única de lucrar com criptomoedas a partir de um veículo exclusivo da Vitreo, totalmente acessível ao público em geral. Não existe nada parecido no mercado e a Vitreo, cumprindo sua tradição de trazer sempre o que há de mais inovador ao investidor pessoa física, está trazendo esta chance com o destaque que ela merece.

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Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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