Internacional

Preços ao produtor nos EUA caem em julho, núcleo da inflação desacelera

11 ago 2022, 10:04 - atualizado em 11 ago 2022, 11:35
Rouge Electric Vehicle Center em Michigan, EUA
Nos 12 meses até julho, a alta do núcleo desacelerou a 5,8%, de 6,4% em junho (Imagem: REUTERS/Rebecca Cook)

Os preços ao produtor nos Estados Unidos caíram inesperadamente em julho em meio a uma queda no custo dos produtos energéticos e a sinais de que o núcleo da inflação ao produtor está em tendência de declínio, enquanto os pedidos de seguro-desemprego aumentaram pela segunda semana consecutiva em um mercado de trabalho ainda apertado.

O índice de preços ao produtor para a demanda final (IPP) caiu 0,5% no mês passado, após subir 1,0% em junho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Nos 12 meses até julho, o IPP aumentou 9,8% após avançar 11,3% em junho.

Houve queda de 1,8% nos preços dos bens, após alta de 2,3% em junho.

Uma queda de 16,7% nos preços da gasolina foi responsável por 80% dessa queda.

Também houve quedas acentuadas nos preços do óleo diesel, gás liquefeito de petróleo e gás natural residencial.

No entanto, os preços dos alimentos subiram 1,0% após recuo de 0,2% no mês anterior, enquanto o custo dos serviços subiu 0,1% após avançar 0,3% em junho.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos, energia e serviços comerciais, os preços ao produtor subiram 0,2% em julho.

O chamado núcleo do IPP aumentou 0,3% em junho. Nos 12 meses até julho, o núcleo do IPP avançou 5,8% após alta de 6,4% em junho.

O Federal Reserve está ponderando se deve aumentar sua taxa básica de juros em mais 50 ou 75 pontos-base em sua próxima reunião de política monetária entre 20 e 21 de setembro na tentativa de domar a inflação três vezes maior que sua meta de 2%.

O banco central dos EUA elevou sua taxa básica de juros em 225 pontos-base desde março, enquanto luta para esfriar a demanda sem provocar um aumento acentuado nas demissões.

Nessa frente, o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou pela segunda semana consecutiva, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, indicando mais abrandamento no mercado de trabalho, apesar das condições ainda apertadas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 14 mil, para 262 mil ajustados sazonalmente na semana encerrada em 6 de agosto, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam 263 mil pedidos para a última semana.

Isso ainda está abaixo da faixa entre 270 mil e 300 mil que os economistas dizem que sinalizará uma desaceleração material no mercado de trabalho.

(Atualizada às 11:34)

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