Combustíveis

Preços considerados bons do etanol não recomendam muita sede ao pote das usinas até dezembro

12 nov 2020, 10:09 - atualizado em 12 nov 2020, 10:22
Refinarias PETR4
Gasolina mais cara na refinaria deu mais competitividade ao etanol (Imagem: Divulgação/Petrobras)

A Petrobras (PETR3; PETR4) evitou reduzir a gasolina na semana passada, quando o petróleo ficou entre US$ 38 e US$ 41 o barril (fechou a sexta em US$ 39,45), mas aproveitou a alta desde a segunda (acima de US$ 42) para anunciar reajuste. A estatal vai atrás da recomposição de margens a partir desta quinta (12) e ajuda o etanol hidratado.

O biocombustível acumulou queda moderada de 0,15%, ficando em R$ 2,0540 na venda às distribuidoras, pela pesquisa Cepea, e com os mais 6% da gasolina nas refinarias, assegura um pouco mais de competitividade.

“Está num bom preço e acredito que deveria se manter assim e aproveitar o espaço para subir mais a partir do meio de dezembro”, avalia Marinho Ono, da SCA Trading, ao fazer menção ao pico de maior demanda no final de ano em linha com a produção totalmente paralisada no Centro-Sul.

Ele não descarta que haja tentativa de algum ganho pelas usinas, como já notou Paulo Strini, trader do Grupo Triex. “Há uma trajetória (deste ontem) de alta de maneira discreta”, diz.

A menor sede ao pote que Ono de certa forma recomenda está associada às altas dos preços do etanol desde final de setembro, com altas semanais seguidas, mesmo com três reduções da gasolina no período.

E o consumo bem melhor, sendo que o hidratado teve uma comercialização de 1,8 bilhão de litros em outubro, a melhor marca do ano.

Com o nível de preço do biocombustível ante a remarcação da gasolina, “abaixo da paridade” (geralmente se considera o ideal até 70%), o CEO da SCA Trading acredita que os produtores têm que aproveitar o impacto mais firme da demanda ao invés de testarem a disposição dos consumidores.

A volatilidade do petróleo está acima do padrão. Nesta semana se aproveitando de notícias sobre vacinas contra a covid-19 – às    mas com os casos de contágios alarmando e levando a novas restrições às economias europeias, e não oferece tendências seguras.

Além da política nos Estados Unidos, que ainda segue monitorada enquanto alguns estados recontam votos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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