Coronavírus

Prevalência de covid-19 é de 13,6% na capital paulista, indica estudo

13 out 2020, 17:25 - atualizado em 13 out 2020, 17:25
Coronavírus
Com esses dados, a prefeitura paulistana pretende conhecer a situação sorológica da população da cidade (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A prevalência de infectados pela covid-19 na cidade de São Paulo chegou a 13,6% da população, ou seja, 1.614.274 residentes na capital paulista já tiveram contato com o vírus e têm anticorpos, de acordo com o resultado da fase 7 do inquérito sorológico feito pela prefeitura e apresentado hoje (13).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O inquérito começou a ser feito em junho e partiu da fase zero, na qual a prevalência era de 9,5%. Na fase 1, esse percentual foi de 9,8%; na fase 2, de 11,1%; na fase 3, 10,9%; na fase 4, 11%; na fase 5, 13,9 %; na fase 6, 11,9%.

Nesta fase foram entrevistados e testados moradores de domicílios com base nos dados de IPTUs, hidrômetros e de 472 unidades básicas de saúde e feitas 2.016 coletas de material para exame.

Com esses dados, a prefeitura paulistana pretende conhecer a situação sorológica da população da cidade e direcionar as estratégias de saúde para combater de maneira mais eficiente a covid-19.

Entre todas as etapas da análise, o destaque ficou para a fase 5 na qual a prevalência registrada foi de 13,9%, com 1.994.102 já infectadas pela covid-19.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O pico da fase 5 coincidiu com a introdução e consolidação da flexibilização na fase amarela do Plano São Paulo em 24 de julho. Tivemos a maior prevalência nas regiões chamadas dormitórios, na zona leste, com 19,6% e zona sul, com 19,6%”, disse o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

Segundo o inquérito sorológico, a análise das oito fases mostra que a partir da fase 3 há maior prevalência em jovens e adultos até 49 anos e na fase 7 na faixa de 35 a 49 anos.

O estudo mostra ainda a consolidação de uma relação inversa entre a prevalência e a escolaridade e aponta que a infecção entre os indivíduos pretos e pardos foi o dobro da registrada nos brancos nas fases 4 e 7.

Os dados sugerem maior risco de contrair a doença nas classes D e E, sendo de duas a seis vezes maior do que entre as classes A e B. Além disso, casas com um ou dois moradores indicaram menos infecção do que casas com cinco ou mais pessoas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O inquérito mostra ainda que, em todas as fases (com exceção da 3), a prevalência em pessoas que não aderiram ao isolamento social foi maior de uma a três vezes. Já o teletrabalho protege de duas a quatro vezes mais o indivíduo de contrair a doença.

De acordo com as informações desta fase do estudo, a prevalência de covid-19 foi menor nos locais onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é mais alto, com diferenças significativas na comparação às faixas de IDH intermediário e baixo nas fases 2, 3, 6 e 7. As estimativas de prevalência nas faixas de IDH mais alto oscilam entre 3% e 9,5%.

Estrada Rodovias São Paulo
As estimativas de prevalência nas faixas de IDH mais alto oscilam entre 3% e 9,5% (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A proporção de assintomáticos, aqueles que não se queixaram de sintomas gripais desde o início de março, ficou entre 31,1% e 43,7%.

Escolares

De acordo com o inquérito sorológico feito entre alunos da rede de ensino municipal, estadual e privada da cidade de São Paulo, a fase 4 indica que a prevalência de alunos que já contraíram covid-19 e tem anticorpos para a doença é de 16,0%, chegando a 236.841 mil alunos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na rede municipal essa taxa é de 17,6%, na rede estadual 15,4% e nas escolas particulares é de 12,6%.

Quando se analisam as 4 fases conjuntamente, o estudo mostrou que a taxa de crianças assintomáticas variou de 64,4% a 69,5%; que a prevalência maior é entre alunos de cor preta e parda, variando de 17,6% a 20%.

Entre as classes sociais, predominam os indivíduos das classes D, E e C além de alunos da rede pública que vivem com algum adulto acima de 60 anos (de 26,0% a 29,6%). A adesão ao distanciamento social permaneceu elevada em todas as fases (98,2%) e o uso de máscara foi apontado em 93%.

Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, os resultados indicam taxas decrescentes na capital paulista, mas continuam acentuando a desigualdade social quando mostram que a doença afeta mais a população pobre, com presença maior nos bairros de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os pretos e pardos e os menos escolarizados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Vamos continuar na atuação segmentada com foco nos distritos de maior incidência. Estamos trabalhando na questão do retorno às aulas e, na quinta-feira da próxima semana, teremos o resultado da primeira fase do censo com todos os professores e alunos da rede municipal para decidirmos sobre a volta a partir do dia 3 de novembro,  já que desde do dia 7 foram liberadas as atividades extracurriculares”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
agencia.brasil@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar