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Privatização dos Correios: revogação respinga nas empresas de logística e transportes?

07 jan 2023, 14:00 - atualizado em 06 jan 2023, 16:37
Correios
Correios não serão privatizados e o impacto é quase nulo para as empresas de transporte e logística (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a revogação de atos que dão andamento à privatização de estatais, como os Correios. O despacho foi publicado na última segunda-feira (2).

Porém, a revogação da privatização dos Correios em nada interfere nas empresas de logística e transportes. Essa é a visão do Valor Investimentos.

Gabriel Meira, economista da corretora, diz que o mercado já esperava que não houvesse privatização no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, Meire também destaca que nenhuma empresa havia feito, minimamente, uma separação de capital pra isso.

“Se trata de um Projeto de Lei (591/21), que precisa ser passado em duas Casas e, só depois, teremos efetivamente a licitação”, explica.

Relembre o caso da privatização

Em agosto de 2021, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permitia a privatização dos Correios. Contudo, o analista lembra que o PL ficou brecado no Senado.

Meire também menciona que o mercado não esperava que o projeto saísse do papel em 2022. O economista destaca que, talvez, pudesse ir para frente neste ano, se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tivesse sido reeleito.

“A priori, o impacto é quase nulo. Havia uma intenção, por parte de algumas empresas dos segmentos de varejo e logística, como o Mercado Livre (MELI34) e o FedEx, de pegar a concessão dos Correios para aumentar a malha logística do país”, explica.

Entretanto, Meire ressalta que essa era apenas uma intenção. “Entre querer privatizar e isso de fato começar a ser feito, existe um abismo no meio”, diz, “sobretudo em se tratando de Brasil“, conclui.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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