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Privatização foi por água abaixo? Entenda por que Safra rebaixou Copasa (CSMG3)

08 nov 2022, 14:55 - atualizado em 08 nov 2022, 14:55
Copasa
Definidas as eleições estaduais, o Safra enxerga gatilhos limitados no curto prazo para Copasa (Imagem: Copasa/YouTube)

O Safra rebaixou recentemente a recomendação da Copasa (CSMG3) para “neutra”, com preço-alvo de R$ 18,40.

O principal motivo está ligado ao desempenho recente da ação, que subiu mais de 30% desde que o banco elevou a ação da empresa de saneamento para compra em julho.

De acordo com o Safra, a valorização do papel, principalmente devido aos resultados das eleições estaduais e o fluxo de notícias positivas sobre a potencial privatização, colocaram os múltiplos EV/RAB (valor da empresa sobre base de ativos regulatórios) da empresa em 0,68 vez, em linha com os níveis históricos.

Definidas as eleições estaduais, que reelegeram Romeu Zema (Novo) como governador do Estado de Minas Gerais, o Safra enxerga gatilhos limitados no curto prazo.

“Portanto, optamos por coletar ganhos e aguardar os próximos capítulos da potencial privatização”, afirma a instituição.

Euforia passageira

O Safra avalia a possibilidade de Copasa sair privatizada no governo de Zema, mas reforça que o processo de desestatização levará tempo para se desenvolver, visto que requer a aprovação do Congresso do Estado de Minas Gerais.

O controle pelo Estado continua sendo um dos principais riscos da tese de investimento da Copasa, avaliam analistas.

O Safra destaca que a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae) poderia definir baixo retorno sobre os investimentos feitos pela empresa ou não considerar investimentos realizados, afetando substancialmente os resultados.

“Eles podem assinar novas concessões em condições não favoráveis, com alto custo operacional, o que pode afetar negativamente o fluxo de caixa”, comenta.

O Safra completa ao mencionar a possibilidade de o governo fazer pressão sobre a Copasa por mais investimentos em áreas com rentabilidade negativa, como Norte e Nordeste e algumas regiões de Minas Gerais.

A ação da Copasa saltou mais de 18% após as eleições do primeiro turno, quando Zema foi eleito para governar por mais um mandato o Estado de Minas Gerais.

Como o papel da elétrica Cemig (CMIG4), a Copasa subiu forte em meio ao otimismo com a reeleição de Zema, cuja gestão sinaliza uma agenda pró-mercado.

Apesar disso, a euforia parece ter durado pouco, tanto que Copasa engatou sucessivos pregões de baixa nas semanas seguintes ao primeiro turno.

Vitor Sousa, analista da Genial Investimentos, está cético quanto a uma desestatização completa da Cemig. De acordo com ele, uma eventual privatização deve ser preterida em relação à da Copasa, que “deve ser muito mais simples em relação à Cemig”.

Ainda assim, vale dizer que a privatização de uma companhia é um processo complexo. No caso da Cemig, pode não avançar mesmo em uma gestão dita pró-mercado.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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