Telegram

Qual aplicativo pode substituir o Telegram como rede dos políticos?

18 mar 2022, 17:25 - atualizado em 18 mar 2022, 17:26
Telegram é suspenso do Brasil
O usuário pode até migrar para outro serviço mensageiro, mas reconstruir os grupos do Telegram em outro sistema será um processo longo, diz especialista (Imagem: Christian Wiediger/Unplash)

Após várias tentativas frustradas de contato com representantes do Telegram, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio da plataforma no Brasil nesta sexta-feira (18).

Uma das principais características Telegram é a possibilidade de criar grupos com até 200 mil membros, sem grandes restrições ou moderação das mensagens, o que facilita a distribuição de conteúdo dentro da plataforma.

Por conta disso, o serviço de mensagem tornou-se popular em diferentes nichos, como grupos de compra e venda de objetos usados, na comunidade gamer e sobretudo entre políticos.

Além do presidente da república Jair Bolsonaro (PL), outras personalidades como as deputadas federais Bia Kicis e Carla Zampelli possuem canais oficiais no Telegram.

Fora do País, figuras como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da França, Emmanuel Macron, também estão presentes na plataforma.

Para Christian Perrone, head de Direitos, Tecnologia e GovTech do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), substituir o Telegram não será fácil.

Perrone avalia que o usuário pode até migrar para outro serviço mensageiro, como o Signal ou Wire. No entanto, reconstruir os grupos do Telegram em outro sistema será um processo longo e que nem todos os usuários conseguirão acompanhar.

“Por mais que seja fácil baixar outro aplicativo e começar a utilizá-lo, haverá uma resistência para a adesão de plataformas desconhecidas, vencer essa barreira leva tempo. Com o bloqueio do Telegram, deve haver uma consolidação maior do WhatsApp”, diz.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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