Mercados

Qual é o ‘dream team’ do mercado financeiro para o governo Lula? Saiba os nomes mais cotados

08 nov 2022, 11:17 - atualizado em 08 nov 2022, 11:17
Ibovespa
Ibovespa e dólar reagem mal aos nomes ventilados para a equipe econômica de Lula, pois Haddad não é o preferido do mercado. Saiba quem é (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa reagiu mal ontem (7) aos nomes ventilados para a equipe do presidente eleito, em especial, o de Fernando Haddad para o cargo de ministro da Economia. O maior baque foi no dólar, que esvaziou a chance de furar a marca dos R$ 5,00 em breve. Mas, afinal, qual é a lista do “time dos sonhos” do mercado financeiro para o governo Lula?

“O dream team tem Meirelles na Fazenda, se possível, e abaixo dele uma escalada técnica, com Appy e Lisboa”, resume um economista-chefe de uma gestora de ativos, que preferiu não ser identificado. 

Além do ex-presidente do Banco Central durante os dois mandatos anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministro da Fazenda no governo Temer, ele se refere aos economistas Bernard Appy e Marcos Lisboa.

Meirelles, aliás, é o nome preferido do mercado financeiro. Até porque, o mercado “comprou muito forte o nome dele” para assumir a Fazenda e segue na expectativa de que seja confirmado, lembrou o sócio-analista da Ajax Asset, Rafael Passos. 

Indagado em setembro pelo Money Times se estaria novamente em um governo petista, Meirelles fez mistério: “Quem viver, verá”, disse em entrevista exclusiva.

Mercado aguarda confirmação

“O Meirelles está fazendo de tudo para ser o nome, passou até a defender o estouro do teto de gastos”, citou um operador sênior de renda variável de uma tradicional corretora paulista. “Mas acho que ele vai dançar”, emendou.

Ele se refere à lista que circulou ontem à tarde nas mesas de operações, composta só por “petista raiz”. “O mercado quer definição. Então, o melhor seria indicar os nomes certos”, afirma outro operador sênior de derivativos.

Segundo esses operadores, os indicados podem até ser pessoas que circulam no ‘petismo’, como os pais do Plano Real que manifestaram apoio a Lula. “Lara Resende, Armínio Fraga, Gustavo Franco”, enumera um dos profissionais. 

“Mas Haddad e [Aloizio] Mercadante são políticos demais e isso é muito ruim”, completa. “Entre o ideal e o possível, seria melhor não colocar políticos sem trânsito no tema [econômico]”, acrescentou o economista, citado acima.

Aliás, o Money Times teve acesso a um dos cotados para a Esplanada, na Pasta relacionada à questão fiscal, e negou veemente a indicação. “Não há a menor possibilidade”, disse. 

E o mercado?

O problema é que Lula ainda não divulgou os escolhidos para a equipe econômica, nem deve fazer isso antes de dezembro. “A indefinição segue e, aparentemente, Lula não está com pressa para divulgar tais nomes”, afirmou em comentário, o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Segundo ele, diversas são as especulações sobre quem serão os nomes que ocuparão as cadeiras dos ministérios de Lula. “E, assim, darão o veio econômico para parte do governo eleito”, conclui.

Contudo, ainda que essa especulação eleve a cautela entre os ativos domésticos no curto prazo, essa demora pode ser favorável à frente. Isso pode acabar levando Lula a rever as eventuais indicações e buscar nomes mais ortodoxos”, avalia o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa. 

“Aí, o mercado reverteria essa tendência negativa, sendo uma piora apenas pontual”, emenda. Porém, caso Lula decida “peitar” o mercado e seguir com agenda mais à esquerda, Kawa alerta: “O tamanho da queda dos ativos seria muito maior e mais persistente”. 

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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