Combustíveis

Quantidade de combustível para térmicas em RR deve ser mantido na capacidade total

01 jun 2022, 21:30 - atualizado em 03 jun 2022, 12:59
Combustíveis
A medida foi discutida pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) nesta quarta-feira (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Para garantir a confiabilidade no atendimento energético em Roraima, o governo determinou que o estoque de combustível disponível para geração das térmicas que atendem a capital do Estado, Boa Vista, passe a ser mantido na capacidade operacional total.

A decisão foi tomada após avaliação da logística de transporte de diesel para as usinas, devido às condições adversas de tráfego no trecho da BR-174 que liga a capital a Manaus, no Amazonas, por conta do período de fortes chuvas na região.

A medida foi discutida pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) nesta quarta-feira, 1º. Foi a primeira reunião ordinária do colegiado presidida pelo ministro Adolfo Sachsida, que assumiu o Ministério de Minas e Energia (MME) após a saída de Bento Albuquerque do cargo.

De acordo com nota divulgada pela pasta, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que foram adotadas medidas operativas que levaram à estabilização do sistema em Roraima, que passa por uma transição de parte da geração de usinas termelétricas a diesel para gás natural.

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A decisão foi tomada após avaliação da logística de transporte de diesel para as usinas, devido às condições adversas de tráfego no trecho da BR-174  (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Além disso, o grupo decidiu que a usina termelétrica Floresta seja mantida disponível no sistema por, pelo menos, mais 30 dias para reavaliação do ONS do plano de transição para as usinas vencedoras de leilão realizado em 2019.

“O CMSE deliberou que a quantidade de combustível disponível para geração das usinas térmicas que atendem Boa Vista/RR passe a ser mantido no montante equivalente à capacidade operacional total de estocagem, qual seja, 10,34 milhões de litros, até a entrada em operação comercial de solução estrutural que atenda àquele sistema, de modo a agregar confiabilidade ao suprimento”, diz a nota.

Sobre o fornecimento de energia em todo o País, o colegiado indicou que os estudos prospectivos apresentados, que contemplam avaliações até o final de novembro deste ano, indicam o pleno atendimento tanto em termos de energia quanto de potência em todo o período, sem que haja necessidade de uso da reserva operativa – ou seja, não será preciso acionar usinas térmicas que ficam disponíveis, mas sem injetar energia na rede.

Conforme dados do ONS, em maio, houve continuidade das chuvas na região Sul, o que resultou em maiores afluências às usinas hidrelétricas e recuperação das condições de armazenamento. Nas demais regiões, no entanto, as precipitações “foram predominantemente abaixo da média histórica”.

“Ainda assim, a melhora das condições hidrológicas do subsistema Sul se refletiu positivamente também sob a ótica do SIN Sistema Interligado Nacional, uma vez que houve maior contribuição energética desse subsistema aos demais. Como consequência, foram alcançados ao final de maio, respectivamente, armazenamentos equivalentes de 66,4%, 90,3%, 94,3% e 98,9% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, e a previsão para o fim de junho nesses subsistemas é de 66,1%, 93,9%, 92,0% e 99,1%.”

O ONS também informou que no mês de maio foi exportada energia elétrica para a Argentina, gerada por usinas termelétricas que não estavam sendo utilizadas para atender o sistema interligado nacional, em modalidade comercial e de excedente de geração de usinas hidrelétricas, em modalidade de swap.

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