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Quanto custa e como funciona o foguete mais potente da história, criado pela SpaceX de Elon Musk

20 abr 2023, 18:03 - atualizado em 20 abr 2023, 18:03
Elon Musk SpaceX foguete maior Starship explode
O foguete Starship tem capacidade para 100 pessoas, é um pouco mais alto do que a estátua da liberdade e será a aeronave para colonizar o planeta vermelho de Marte (Imagem: Twitter/Reprodução)

Após falhar na última terça-feira (18), o foguete mais poderoso da história, construído pela empresa de Elon Musk, a SpaceX, realizou com sucesso a segunda tentativa de decolagem apenas dois dias depois.

A nova tentativa ocorreu nesta quinta-feira (20), sem tripulantes, como o primeiro teste de todos, e teve êxito. Confira o vídeo do lançamento:

O foguete tem 120 metros de altura e nove metros de diâmetro e será lançado da “Starbase”, no Texas. É um pouco mais alto que a estátua da liberdade e pouco maior que o triplo do cristo redentor, ambos com respectivamente 93 e 38 metros.

“A espaçonave Starship da SpaceX e o foguete Super Heavy – coletivamente referidos como Starship – representam um sistema de transporte totalmente reutilizável projetado para transportar tripulação e carga para a órbita da Terra, a Lua, Marte e além”, explica a SpaceX.

Em entrevista realizada no ano de 2019, Elon Musk revelou uma estimativa do custo do projeto da SpaceX com o Starship, algo em torno de US$ 2 bilhões a US$ 10 bilhões.

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Motores e partes da Starship da SpaceX

Entre as partes do foguete estão a “Super Heavy”, o primeiro estágio, ou booster, do sistema de lançamento da Starship. A peça é alimentada por 33 motores Raptor usando metano líquido sub-resfriado (CH 4 ) e oxigênio líquido (LOX).

A outra parte trata de onde ficará a tripulação e a carga. O veículo oferece uma seção de carga útil integrada e é capaz de transportar tripulação e carga para a órbita da Terra, Lua, Marte e além.

A Starship também é capaz de transportar ponto a ponto na Terra, permitindo viajar para qualquer lugar do mundo em uma hora ou menos.

O foguete, como um todo, será alimentado por seis motores, três motores Raptor e três motores Raptor Vacuum (RVac), que são projetados para uso no vácuo do espaço. Os motores Raptors possuem um impulso de 230 toneladas-força (tf), enquanto os Raptor Vacuum têm 258 tf.

A medida busca informar a intensidade com que um objeto é capaz de deslocar uma massa de 1 tonelada com a aceleração da gravidade: 1 tf = 1000 kg g = 1000 kgf.

Missão da Starship da SpaceX

O objetivo da empresa de Musk é transformar o Starship no foguete de lançamento mais poderoso do mundo já desenvolvido, capaz de transportar até 150 toneladas de carga, pessoas etc., além de 250 toneladas descartáveis, como cápsulas que ficam pelo espaço após o lançamento.

O foguete é um dos passos dos planos de Musk em colonizar Marte, já que será capaz de transportar 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração. O foguete também será capaz de entregar satélites, desenvolver bases lunares e transporte ponto a ponto da Terra.

A ideia é utilizar veículos-tanque, que basicamente são a espaçonave Starship menos as janelas, para reabastecer a espaçonave ainda em órbita baixa da Terra antes de partir para Marte.

O reabastecimento em órbita permite o transporte de até 100 toneladas até Marte. Se o navio-tanque tem alta capacidade de reaproveitamento, o custo primário é apenas o do oxigênio e do metano, que é baixíssimo, segundo a empresa.

O desenvolvimento e a fabricação da Starship ocorrem na Starbase, no Texas, um dos primeiros portos espaciais comerciais do mundo projetado para missões orbitais.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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