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Radar da Bolsa: 7 motivos para a alta do Ibovespa hoje (e para não festejar muito), segundo 3 analistas

23 nov 2021, 20:12 - atualizado em 23 nov 2021, 20:21
Vale
Concentração: alta do Ibovespa se concentrou no setor de commodities, como a Vale e a Petrobras (Imagem: Divulgação/Vale)

O Ibovespa encerrou em alta de 1,5% nesta terça-feira (23), alcançando os 103.654 pontos. Embora expressiva, essa valorização foi sustentada por alguns “ovos dentro da galinha”, isto é, pressupostos que, como sempre, podem ou não se tornar realidade.

Um exemplo é a expectativa de que a Opep conseguirá manter o preço do petróleo elevado, apesar dos esforços de um grupo de países liderado pelos EUA de reduzi-lo. Veja, a seguir, 7 fatores que alimentaram a alta de hoje, e por que é melhor não festejar muito, segundo a Ágora Investimentos, ModalMais e Terra Investimentos.

1. Opep vence este round…

O dia foi marcado pela luta para determinar a cotação internacional do petróleo. De um lado, os EUA, o Reino Unido e a Índia, em um esforço coordenado, desovaram parte de seu estoque de barris. O objetivo era forçar uma baixa nos preços. A Opep reagiu com uma breve declaração de que vai atuar para equilibrar o mercado global. Para os investidores, trata-se de um aviso de que o cartel de países produtores vai reduzir a oferta de óleo. Resultado? Mesmo num dia de maior oferta de barris, o petróleo fechou em alta.

2. … A Petrobras agradece…

A vitória da Opep, que segurou o preço do petróleo apenas no gogó, fez a alegria de quem investe na Petrobras As ações preferenciais da estatal (PETR4) fecharam o dia em alta de 5,46%, cotadas em R$ 27,80. Já as ordinárias (PETR3) subiram 4,70% e terminaram em R$ 28,73.

3. … E o Ibovespa também

Juntos, os papéis da Petrobras representam quase 10% do Ibovespa. Por isso, a forte alta da petroleira foi importante para impulsionar o principal índice da B3.

4. Obrigado, China!

Além da briga do petróleo, o exterior ajudou a Bolsa brasileira com um segundo fator: a alta de mais de 4% do minério de ferro na China. O movimento favoreceu os papéis da Vale (VALE3), que encerraram o dia com ganhos de 2,63%, negociados a R$ 69,37. Sozinha, a mineradora representa 14,5% do Ibovespa.

5. Europa patina

Do lado negativo, o mercado não gostou dos dados de atividade econômica divulgados na Europa. Os PMIs (índices de compra dos gerentes) não foram suficientes para convencer os investidores de que a economia europeia está se recuperando da pandemia de Covid-19 – até por que, uma nova onda já levou alguns países a retomarem o lockdown.

6. Hora de os EUA encararem o dragão?

Os investidores continuaram digerindo as declarações mais duras do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a inflação, bem como da secretária do Tesouro, Janet Yellen (antecessora de Powell no Fed), que afirmou que a alta de preços chegou a um nível preocupante. Desde então, o mercado foi inundado por boatos de que o banco central americano anteciparia para março o início do aperto monetário.

7. Mercado de juros mais relaxado aqui

Enquanto a curva de juros nos EUA começa a subir, por aqui, os contratos futuros de juros passaram o dia em baixa na maior parte da curva. O movimento reflete a avaliação do mercado de que, no fim das contas, governo e Congresso encontrarão um meio-termo para a PEC dos Precatórios, o que pode aliviar a pressão nas contas públicas.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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