Gol (GOLL54), Vale (VALE3), Natura (NATU3) e outros destaques desta quarta-feira (2)

O prejuízo bilionário da Gol (GOLL54) em maio, a atualização de projeções da Vale (VALE3) e o início da negociação da Natura Cosméticos (NATU3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (2).
Confira os destaques corporativos de hoje
Gol (GOLL54) tem prejuízo de R$ 1,4 bilhão um mês antes à saída da recuperação judicial
A companhia aérea Gol (GOLL54) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,42 bilhão em maio, conforme relatório enviado ao juízo de sua recuperação judicial nos Estados Unidos.
A empresa saiu do chamado “Chapter 11” em junho, com o presidente, Celso Ferrer, afirmando que a empresa mira expansão de frota e novos voos e rotas no Brasil e em outros países.
Em maio, a Gol apurou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 650 milhões, com margem Ebitda em -42%, segundo o fato relevante.
A Gol terminou maio com caixa total de R$ 1,87 bilhão e uma dívida líquida, incluindo empréstimos e financiamentos, arrendamento e financiamentos DIP, de R$ 30,7 bilhões. O documento também mostrou que a receita líquida da aérea no período somou R$ 1,54 bilhão.
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Vale (VALE3) reduz projeção para aglomerados de minério de ferro em 2025
A Vale (VALE3) atualizou suas estimativas referentes a produção de aglomerados em 2025, em função das atuais condições de mercado de pelotas. Com isso, os volumes estimados de produção de minério de ferro aglomerados (incluindo pelotas e briquetes) passaram de 38 a 42 milhões de toneladas para 31 a 35 milhões de toneladas em 2025.
As demais estimativas da Vale permanecem inalteradas. Nesse contexto, a Vale decidiu antecipar manutenções preventivas da usina de pelotização de São Luís–MA ao longo do terceiro trimestre de 2025, paralisando a produção no período.
Natura começa a operar com ticker NATU3
A Natura Cosméticos, após a incorporação da controladora Natura&Co (NTCO3), começa a operar no Novo Mercado da B3 nesta quarta-feira (2), sob o código NATU3.
Com a mudança, os acionistas titulares de ações da Natura &Co receberão, para cada ação NTCO3, uma ação NATU3. O código é o utilizado na época do IPO da companhia, em 2004.
No fim de junho, ocorreu o cumprimento das condições previstas para a incorporação da controladora Natura&Co. O conselho de administração da companhia definiu o dia 1 de julho de 2025 como a data de “consumação” da operação.
O movimento faz parte de um plano estratégico da companhia para simplificar sua estrutura societária e reduzir custos.
Oi (OIBR3): Sob pressão financeira, telecom propõe mudanças no plano de recuperação judicial
O Grupo Oi (OIBR3) enfrenta dificuldades em sua segunda recuperação judicial, iniciado em 2023. A companhia de telecomunicações informou um aditamento (isto é, prorrogação) do plano de saída do processo.
A proposta do grupo — que inclui a Oi S.A., Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Cooperatief UA — pretende reduzir custos imediatos após a nova direção se deparar “com a frustração de algumas das premissas regulatórias, financeiras e mercadológicas adotadas pela antiga gestão”.
Um aditamento nada mais é do que o acréscimo de algo, nesse caso, para realizar alterações legais no plano da companhia. Segundo o documento, a Oi tem três objetivos, sendo o primeiro a reestruturação das condições de pagamento dos credores trabalhistas e de certos quirografários (Classe I e III) para garantir a adequação entre a geração de caixa do Grupo Oi e o fluxo de pagamento dos referidos credores.
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova reorganização societária com incorporação de unidade de IoT
A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, informou ao mercado que aprovou a incorporação da Telefônica IoT, Big Data e Tecnologia do Brasil S.A. (TLF IoT) pela Telefônica Cloud e Tecnologia do Brasil S.A. (T.Cloud Brasil).
De acordo com fato relevante, o objetivo é simplificar a estrutura do grupo e reduzir custos, promovendo mais eficiência administrativa e operacional. Mesmo após a incorporação, a Telefônica Brasil segue com 50,01% de participação no capital da T.Cloud Brasil.
Fras-le (FRAS3) pagará R$ 91 milhões em juros sobre o capital próprio
A fabricante de autopeças Fras-le Mobility (FRAS3) pagará R$ 90,85 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) aos seus acionistas. Segundo fato relevante, o valor a ser distribuído corresponde a R$ 0,34 por ação.
Terão direito ao provento os investidores com ações da companhia na base acionária de 4 de julho de 2025. A partir de 7 de julho, os papéis serão negociados “ex-JCP”, ou seja, sem direito ao pagamento. A companhia também informou que o pagamento está previsto para ocorrer no dia 14 de agosto de 2025.