Mercados

Radar do mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 5 analistas

14 dez 2021, 9:58 - atualizado em 14 dez 2021, 9:59
Copom Banco Central
BC divulgou a ata da última reunião do Copom, que revelou que o grupo avaliou ajuste maior que 1,50 p.p.(Imagem: Beto Nociti/Banco Central)

A divulgação da ata de reunião da última decisão do Copom é o destaque dos relatórios de corretoras nesta terça-feira (14).

O Ibovespa futuro subia 0,53% pela manhã, após as bolsas nos Estados Unidos começarem o dia em baixa de 0,3%, enquanto na Europa o recuo foi de 0,1%.

Os mercados aguardam decisão do Federal Reserve amanhã e, na quinta feira, do Banco Central Europeu e do Banco Central da Inglaterra.

Veja o que dizem os analistas sobre o pregão desta terça:

Commcor

A Commcor diz que a posição mais hawkish (sinalização dura) do Copom poderá auxiliar o real contra o fortalecimento que a moeda norte americana vinha mostrando nos últimos dias.

“Mesmo após duas vendas à vista pelo BC, totalizando US$ 1,5 bilhão, o dólar vinha ganhando forças, sinal este que pode ser interpretado como antecipação de uma decisão mais hawkish do Fed nesta quarta”.

Mais cedo, o BC divulgou a ata da última reunião do Copom, que revelou que o grupo avaliou ajuste maior que 1,50 p.p. na Selic e cenário de juro alto por mais tempo.

Na semana passada, o comunicado que acompanhou a decisão de aumento da taxa Selic de 7,75% para 9,25%, já havia sido interpretado pela maioria dos agentes de mercado como hawkish, ou seja, com sinais de mais altas de juros pela frente.

Genial

A Genial Investimentos destaca o relatório Focus divulgado ontem pelo Banco Central, que trouxe uma boa notícia: as projeções para inflação se mantiveram estáveis em 2022 (5,02%) e recuaram em 2021 (10,05%) e 2023 (3,46%).

Para a corretora, ainda é cedo para afirmar que o país chegou ao pico das projeções ou que há uma tendência de desaceleração das expectativas.

“Mas pode ser o princípio de um movimento para reancorar as expectativas, uma vez que o mercado vem percebendo o BC como duro em seus comunicados e que está disposto a sacrificar a atividade econômica para entregar a inflação na meta”.

Rico

A Rico sublinha a divulgação do volume do setor de serviços referente a outubro, revelada pelo IBGE há pouco. Para a corretora, o dado deve corroborar a avaliação de perda de fôlego da atividade econômica no período recente.

Segundo o IBGE, o setor de serviços recuou 1,2% na comparação mensal, marcando a segunda taxa negativa consecutiva do indicador, que acumula uma queda de 1,9% em dois meses. O mercado esperava alta de 0,1% em outubro.

Terra

A Terra Investimentos lembra que líderes da Câmara irão se reunir hoje para decidir quais pontos serão aprovados da PEC dos Precatórios, tendo como principal ponto o pagamento dos precatórios até 2036 e não até 2026 como alterou o Senado.

“Para o Orçamento de 2022, partidos do Centrão iniciaram movimento para derrubar o veto de Bolsonaro sobre o aumento do fundo eleitoral em 2022, com isso, grupo está impedindo que seja liberado projeto que abre crédito adicional de R$ 300 milhões no Orçamento de 2021 para conceder vale-gás a famílias carentes a partir deste ano”.

XP

A XP cita a produção industrial da zona do euro, que cresceu em outubro em linha com as expectativas, com destaque à retomada da categoria de bens de capital.

“No entanto, os gargalos nas cadeias de insumos e a forte elevação dos custos com energia continuam a limitar o ritmo de recuperação da atividade manufatureira”, diz.

Segundo a corretora, os mercados estarão atentos à publicação de dados de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos e indicadores de atividade econômica na China (ex: vendas no varejo; investimentos em ativos fixos; produção industrial; taxa de desemprego) referentes a novembro.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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