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Raízen (RAIZ4): Surpresas negativas afundam ações; entenda

15 maio 2023, 11:39 - atualizado em 15 maio 2023, 13:27
Raízen
Na visão de analista da Empiricus Research, o Ebitda do ano-safra 22/23 da Raízen conta com um benefício fiscal no valor de R$ 3,7 bilhões (Imagem: Facebook/ Cosan)

As ações da Raízen (RAIZ4) caem na sessão desta segunda-feira, mesmo após a companhia ver o lucro disparar 1.106% sobre os R$ 209,7 milhões do mesmo período do ano passado.

Assim, por volta de 11h25 (horário de Brasília), os papéis da companhia caíam 6,99%, aos R$ 3.



Mas o que pesou, segundo analistas, foram as projeções da companhia. A Raízen projeta redução de até 11,7% no Ebitda ajustado no ano-safra 2023/2024, que irá de abril deste ano a março do ano que vem.

De acordo com o guidance da empresa, nos próximos 12 meses, o Ebitda ajustado ficará entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões. Considerando-se os R$ 15,285 bilhões que reportou no exercício fiscal encerrado, haveria uma retração de 5,14% a 11,7%.

Na visão de Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, os resultados vieram abaixo do esperado, com o volume de vendas prejudicado pela menor produtividade dos canaviais.

“Não fossem os maiores preços realizados no etanol próprio (+25% na comparação anual) e no açúcar (+30%), o Ebitda provavelmente teria uma queda relevante, similar ao que vimos em Vibra (que caiu 37%)”.

Dessa forma, Quaresma explica que o Ebitda do ano-safra 22/23 conta com um benefício fiscal não recorrente sobre PIS/Cofins, no valor de R$ 3,7 bilhões, que precisa ser excluído da conta para comparar com o guidance do próximo ano. “Excluindo esse efeito, o guidance implica um crescimento de 21% no Ebitda”, diz.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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