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JBS (JBSS3) reverte prejuízo e lucra R$ 1,6 bi no 1T24, acima do esperado

14 maio 2024, 18:28 - atualizado em 14 maio 2024, 18:45
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O resultado ficou acima do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 1,4 bilhões (Imagem: Divulgação)

A JBS (JBSS3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro de R$ 1,6 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,4 bilhão do mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (14).

O resultado ficou acima do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 1,4 bilhão.

No trimestre, a receita somou R$ 89,1 bilhões, alta de 3%. Desses, cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos onde a companhia atua e 24% por meio de exportações.

Gilberto Tomazoni, CEO Global JBS, explica no documento que a robustez dos resultados, mais uma vez, reforça a importância da diversificação de geografias e proteínas.

“Em um trimestre tradicionalmente mais fraco para a indústria global de proteína, os negócios de bovino no Brasil e na Austrália capturam os resultados da alta do ciclo nos dois países, enquanto a JBS Beef North America segue com margens mais fracas”, completa.

Já o Ebtida ajustado disparou 197%, a R$ 6,4 bilhões, enquanto a margem Ebitda alcançou 7,2%, um aumento de 470 pontos-base em relação ao ano anterior.

Para a companhia, o trimestre foi marcado por um período de desafios, desequilíbrio entre oferta e demanda, inflação persistente em diversas regiões, custos dos insumos elevados, entre outros.

“Além da fortaleza da plataforma global da companhia, ao longo do ano passado diversas ações foram implementadas, com foco nas pessoas e na excelência operacional”, justifica.

A despesa financeira da dívida líquida foi de R$ 1,4 bilhão, valor que corresponde a US$ 273 milhões.

“Nossa prioridade continua sendo a desalavancagem, processo que se consolidou: o índice registrou redução de 4,42x em dólar no 4º trimestre de 2023 para 3,66x em dólar no 1º trimestre de 2024”, discorre Tomazoni.

No período, o fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 122 milhões, versus um consumo de caixa operacional de R$3 bilhões no 1T23.

De acordo com a JBS, essa evolução é explicada pela melhora na performance operacional em praticamente todas as unidades de negócios.

Seara é destaque da JBS

A marca Seara, que vende produtos congelados, registrou receita líquida de R$ 10,3 bilhões, mantendo-se estável em relação ao mesmo período do ano anterior, dado que tanto os preços quanto os volumes também permaneceram estáveis na comparação anual.

Já o Ebtida teve expressivo aumento de 10 pontos percentuais na margem.

Isso, segundo a JBS, é consequência das diversas ações implementadas ao longo do ano passado, que resultaram em melhores indicadores operacionais, além dos menores custos dos grãos, melhor equilíbrio da oferta e demanda, e do processo de maturação das novas plantas.

“A Seara é um dos destaques do trimestre. O foco em excelência operacional se reflete na significativa evolução da margem do negócio, que saltou de 6,4% no 4º trimestre de 2023 para 11,6% no 1º trimestre de 2024”, diz o CEO.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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