Investimentos

Recessão nos EUA faz prosperar o seguinte investimento no Brasil; entenda

29 jun 2022, 12:29 - atualizado em 29 jun 2022, 12:34
Renda Fixa
Renda fixa é o que deve resistir e se valorizar com a possível recessão dos EUA em 2023. Saiba como investir agora. (Imagem: Mehaniq)

Há algum tempo os investidores tem notado um fluxo de informações e de especialistas dando conta de que os Estados Unidos podem entrar em recessão em 2023. Caso o quadro se confirme, o seguinte investimento deve seguir protegendo o poder de compra dos brasileiros.

A renda fixa é o principal local de destino de bilhões de dólares dos investidores globais em busca de segurança nos títulos públicos norte-americanos (tresuaries). E no caso do Brasil, investidores estão encontrando juros bastante atrativos na renda fixa, uma oportunidade por tempo limitado.

“Os mercados estão se movendo e, após esse período de alta de juros e evaporação via inflação do dinheiro injetado pelos estímulos monetários nunca antes vistos com as economias se fechando mais para suas próprias economias (menor globalização), teremos um novo rearranjo dos ativos”, afirma Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações de renda variável da Ação Brasil.

Para o especialista, os títulos indexados à inflação são um dos mais interessantes ao investidor de renda fixa no momento.

À medida que a inflação caminha para o centro da meta, a tendência é que as boas taxas de hoje comecem a reduzir, e assim como os títulos prefixados, se mostram taxas bem relevantes para a construção de patrimônio.

Deu ruim nos EUA

Os EUA lidam com uma inflação recorde, e com o Federal Reserve elevando juros agressivamente, portanto, os tresuaries são o principal destino dos fundos e de investidores para proteger seu capital em tempos de recessão econômica.

Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, espera que a taxa básica de juros nos EUA encerre 2022 em 4% ao ano, bem acima dos atuais 1,75% ao ano.

Corroboram para expectativas tão hawkish (agressivas) de juros nos EUA sinalizações de membros do Fed. A mais recente foi a de Lorreta Mester, presidente do Fed de Cleveland, que defende uma alta de juros de 0,75 ponto percentual no mês de julho.

O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA já reflete os sinais de que uma recessão está por vir.

Nesta quarta-feira (29), o resultado no primeiro trimestre foi revisado para baixo, a uma taxa anualizada de menos 1,6%, ante menos 1,5% na leitura anterior. Economistas não esperavam que haveria revisão dos números.

Renda fixa para que te quero

Juros mais elevados lá fora, assim como no Brasil, significam que empresas terão mais dificuldades para levantarem dinheiro, o que leva uma revisão em seus valuations (percepções que os investidores, analistas e clientes têm a respeito da empresa).

O resultado disso, em linhas gerais, é a queda das ações e dos demais ativos de risco nas bolsas de valores mundo afora. Por outro lado, investimentos em renda fixa tendem a ser valorizar em tempos de bear market (mercados em baixa).

“Se a gente entende que juros vão subir é porque estamos em um cenário em que a inflação subiu muito também e se descontrolou, então o investidor ganha com investimentos atrelados ao IPCA. No longo prazo, é um investimento mais positivo que o prefixado, que é ativo mais arriscado”, revela Fabio Louzada, analista CNPI e fundador da escola Eu Me Banco.

De forma resumida, ter posições diversificadas nos três indexadores de renda fixa (prefixados, pós-fixados e inflação) deve garantir não só proteção, como também maior possibilidade de ganhos ao investidor em tempos de recessão nos EUA e volatilidade no Brasil.

Aproveite para conferir como turbinar seus investimentos em renda fixa.

Siga o Money Times no Facebook!

Curta nossa página no Facebook e conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Siga agora a página do Money Times no Facebook!

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.