Recorde atrás de recorde: Ibovespa atinge os 150 mil pontos pela 1ª vez
O Ibovespa (IBOV) renova a máxima histórica intradia nesta segunda-feira (3) pela sexta sessão consecutiva.
Pela manhã, na primeira parte da sessão, o principal índice da bolsa brasileira alcançou os 150.761,29 pontos, com avanço de 0,82%. O último recorde intradia havia sido registrado na última sexta-feira (31), quando o índice atingiu os 149.635,90 pontos.
O Ibovespa engata mais um dia de ganhos com a temporada de balanços e a expectativa de decisão dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), com as expectativas de inflação menos desancoradas.
Pela sexta semana consecutiva, os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para a inflação de 2025, segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (3).
Dessa vez, a estimativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre este ano a 4,55%, ante a projeção de 4,56% da semana anterior. A nova expectativa se aproxima do intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
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Sobe e desce do Ibovespa
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações da Marcopolo (POMO4) lideram as perdas com queda de mais de 6% e figuram como as mais negociadas da B3.
O BTG Pactual rebaixou a recomendação de POMO4 de compra para neutra após “expressiva valorização das ações”.
Para os analistas, as ações mais do que dobraram desde 2023 e a decisão de rebaixar a classificação da companhia reflete uma visão de que o crescimento deve atingir um platô entre 2025 e 2026, “ainda que o resultado do próximo ano deva ser sólido”.
“O 3T mostrou margens fortes (19,6%, ajustadas por impairment na NFI), com melhora de mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025″, escreveram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Samuel Alkmin e Marcel Zambello, em relatório.
O banco também cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 10 — o que ainda representa um potencial de valorização de 26,7% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (31).
Já a ponta positiva é liderada por Natura (NATU3), com expectativa para o balanço. Os resultados da companhia será divulgados na próxima segunda-feira (10) após o fechamento dos mercados.
Entre os pesos-pesados, o tom é misto. Vale (VALE3) recua na esteira do minério de ferro e em realização dos ganhos recentes após o balanço, considerado positivo, do terceiro trimestre (3T25). Petrobras (PETR4;PETR3) ignora a leve baixa do petróleo Brent e avança com anúncio do Programa de Demissão Voluntária (PDV).
E o dólar?
O dólar opera em alta ante as moedas globais, como euro e libra. Por volta de 11h (horário de Brasília), o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,16%, no nível dos 99 pontos.
Na comparação com o real, o dólar destoa do movimento externo, com expectativas de manutenção da Selic. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,3532 (-0,50%).
Exterior
Os índices futuros de Wall Street operam em alta, impulsionados pelo setor de tecnologia.
Em destaque, as ações da Nvidia (NY: NVDA; B3: NVDC34) estendem os ganhos, no pré-mercado, após o anúncio da Microsoft de que obteve licenças de exportação do governo Trump para enviar chips da Nvidia aos Emirados Árabes Unidos. A empresa acrescentou que seu investimento total nos Emirados Árabes Unidos chegará a US$ 15,2 bilhões até o final de 2029.
- Para saber: com o fim do horário de verão nos EUA, Wall Street inicia as operações às 11h30 (horário de Brasília).
Na Europa, os mercados operam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrava alta de 0,22%, aos 573,15 pontos, no mesmo horário.
Na Ásia, os índices fecharam em forte alta com os investidores reagiram ao índice de gerentes de compras (PMI) da China. A atividade industrial chinesa desacelerou para 50,6, ficando abaixo dos 50,9 esperados por economistas consultados pela Reuters e também inferior aos 51,2 registrados em setembro.
O índice Nikkei, do Japão, engatou um novo recorde e encerrou a sessão com alta de 2,12%, aos 51.411,34 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 0,97%, aos 26.158,36 pontos.