Ibovespa supera os 155 mil pontos e renova máxima histórica intradia de olho nos EUA
O Ibovespa (IBOV) renova a máxima histórica intradia nesta segunda-feira (10) e caminha para o décimo primeiro recorde nominal e 14ª dia de ganhos ininterruptos, na maior sequência de ganhos em 31 anos.
Nos primeiros minutos do pregão, o principal índice da bolsa brasileira alcançou os 155.601,15 pontos, com avanço de 1%. Já por volta de 12h (horário de Brasília), o índice subia 0,57%, aos 154.947,86 pontos.
O Ibovespa é beneficiado por uma série de “ventos favoráveis” domésticos e no exterior.
Por aqui, os investidores reagem ao Boletim Focus. Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para a inflação de 2025 em 4,55%
O mercado também opera em modo de espera pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Na semana passada, o colegiado do BC decidiu, de forma unânime, manter a taxa Selic em 15% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006. Essa foi a terceira manutenção consecutiva e em linha com o esperado pelo mercado.
Uma nova rodada de negociações entre o Brasil e os Estados Unidos também está no radar. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá um novo encontro com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, nesta semana, no Canadá durante a reunião do G7.
No exterior, os investidores acompanham o avanço das negociações no Congresso dos Estados Unidos para o fim da paralisação da máquina pública norte-americana.
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Sobe e desce do Ibovespa
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações da MBRF (MBRF3) lideram a ponta positiva do índice na expectativa pelo balanço do terceiro trimestre (3T25). A companhia também sustenta os ganhos com a notícia, da última sexta-feira (7), de que a China decidiu liberar a importação de carne de frango do Brasil.
Também em meio à expectativa pelos números trimestrais, Natura (NATU3) encabeça as perdas do Ibovespa. A varejista divulga o balanço do 3T25 ainda hoje, depois do fechamento dos mercados.
Entre os pesos-pesados, o tom é misto. Vale (VALE3) avança com declarações do CEO da companhia, Gustavo Pimenta. Em entrevista à Reuters, o executivo afirmou que a mineradora se prepara para atender um salto na demanda por minério de ferro da Índia — país que deverá dobrar a produção de aço até o final desta década e início da próxima.
Petrobras (PETR4;PETR3) acompanha o desempenho do petróleo Brent e opera em leve queda.
E o dólar?
O dólar opera em queda ante as moedas globais, como euro e libra, com a retomada do apetite ao risco global na expectativa de fim do shutdown nos EUA, que já dura 40 dias e é a maior paralisação da história norte-americana.
Ontem (30), o Senado norte-americano começou a negociar um projeto de lei (PL) para financiar o governo até 30 de janeiro. A matéria ainda inclui um pacote de três PLs de custeio para todo 2026.
O projeto ainda será aprovado pelo Senado e depois deverá passar pela Câmara dos Representantes para, então, ser enviado ao presidente, Donald Trump, para que seja sancionado, um processo que pode levar vários dias.
Por volta de 12h, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,01%, no nível dos 99 pontos.
Na comparação com o real, o dólar acompanha o movimento externo. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,3178 (-0,34%).
Exterior
Os índices de Wall Street operam em forte alta com a expectativa de fim do shutdown, em meio ao “apagão” de dados econômicos.
Por volta de 12h10 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 1,20%, aos 6.809,75 pontos; Dow Jones tinha alta de 0,38%, aos 47.166,39 pontos, e Nasdaq avançava 2,02%, aos 23.469,72 pontos.
Na Europa, os mercados também operam em tom positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrava ganho de 1,35%, aos 572,44pontos, no mesmo horário.
Na Ásia, os índices fecharam com ganhos expressivos com dados de inflação na China, acima do esperado. A inflação ao consumidor ficou em 0,2% em relação ao ano anterior, em comparação com as expectativas de crescimento zero dos economistas consultados pela Reuters.
O índice Nikkei, do Japão, encerrou a sessão com alta de 1,26%, aos 50.911,76 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,55%, aos 26.649,06 pontos.