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Remédios podem ficar quase 11% mais caros a partir desta quinta-feira (31)

30 mar 2022, 15:57 - atualizado em 30 mar 2022, 15:57
remédios mais caros
O preço dos remédios devem ser ajustados em até 10,89% a partir de quinta-feira (31), segundo cálculos do Sindusfarma (Imagem: Pixabay/@pexels)

O preço dos remédios deve ser ajustado em até 10,89% a partir de quinta-feira (31), segundo cálculos do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). O sindicato utilizou em suas contas indicadores disponibilizados pelo próprio governo federal.

O reajuste ainda precisa ser oficializado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Anvisa, mas, pela lei, a correção anual de preços pode passar a valer a partir de amanhã.

O sindicato afirmou que o preço dos medicamentos subiu em média 3,75% no acumulado de 2020 e 2021, contra uma inflação de 15,03% no período.

A entidade também destacou que o reajuste não é automático e nem imediato, por depender da concorrência das empresas do setor.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, disse o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

“Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, completa.

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Como é feito o cálculo

Para calcular o reajuste, são utilizados a inflação e indicadores do setor farmacêutico do país (IPCA – X + Y + Z), sendo:

  • IPCA: inflação oficial do país
  • X: produtividade da indústria farmacêutica
  • Y: custos de produção não captados pelo IPCA
  • Z: fator que reduz progressivamente o desconto da produtividade

O governo divulgou na terça-feira (29) os custos de produção não captados pelo IPCA, de 0,35%. No início o ano, o CMED decidiu fixar em zero os fatores X e Z.

Assim, com o IPCA a 10,54%, segundo dado oficial do IBGE, e assumindo 0% para os itens X e Z, o sindicato chegou ao valor de 10,89% para o reajuste máximo.

Os remédios têm preço controlado e nenhuma empresa pode aumentar seu preço indiscriminadamente sem autorização do governo.

Por isso, aumentos no custo de produção podem ser incorporados aos preços bom base na fórmula criada pelo governo.

Estagiária
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.
laura.intrieri@moneytimes.com.br
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.