Brasil

Resumo da Semana: Viagra do Exército, presidência da Petrobras (PETR4), caso Mamãe Falei e mais

16 abr 2022, 11:00 - atualizado em 14 abr 2022, 16:31
Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do Exército sobre a compra dos comprimidos de viagra (Imagem: Flickr/Alan Santos/PR)

A semana começou com uma denúncia no mínimo inusitada: o deputado federal Elias Vaz (PSB), solicitou explicações da Forças Armadas após identificar a compra de mais de 35 mil comprimidos de viagra.

A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou por unanimidade, na terça-feira (12), a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil), o “Mamãe Falei”.

Como já era esperado, a assembleia do Partido dos Trabalhadores aprovou a indicação do ex-tucano Geraldo Alckmin, hoje no PSB, para ser vice na chapa de Lula nas eleições deste ano.

A Petrobras (PETR4) tem, oficialmente, um novo presidente: José Mauro Ferreira Coelho, indicado pelo Ministério de Minas e Energia, foi eleito na quinta-feira (14).

E a corrida eleitoral ganhou, agora oficialmente, mais um pré-candidato: Luciano Bivar foi o nome escolhido pela União Brasil, partido do qual também é presidente.

Confira os detalhes do que foi notícia nesta semana:

Viagra no exército

As forças armadas brasileiras autorizaram a compra de mais de 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila, também conhecido como viagra.

A compra foi divulgada na segunda-feira pelo deputado federal Elias Vaz (PSB), que apresentou requerimento solicitando explicações ao ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

“No início do mês tivemos um reajuste alto no preço dos remédios, os hospitais sofrem com a falta de medicamentos e Bolsonaro e sua turma usam dinheiro público para comprar o ‘azulzinho’. É um tapa na cara dos brasileiros!”, declarou o parlamentar em suas redes sociais.

O medicamento, popularmente utilizado para o tratamento de disfunção erétil, pode ser também empregado para tratar hipertensão arterial pulmonar e em pacientes com esclerose sistêmica.

Em nota, a Aeronáutica afirmou que o uso do medicamento para tratar a disfunção erétil “não se encontra priorizada nesse tipo de aquisição”.

Na terça (12), uma outra licitação, referente à aquisição de 60 próteses penianas infláveis por R$ 3,5 milhões, veio a público. A aquisição teria sido feita entre 2020 e 2021 para hospitais militares em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

Ambas as compras, do Viagra e das próteses, estão disponíveis no Portal da Transparência.

O deputado Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru (Podemos) prepararam uma representação para o Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal, alegando “abusos” por parte das Forças Armadas nos pedidos.

Na quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do Exército. “Com todo respeito, não é nada “, declarou, referindo-se aos comprimidos de Viagra.

O TCU abriu processo para apurar um superfaturamento de 143% na compra.

Arthur do Val, o Mamãe Falei, quase-cassado

Arthur do Val, o Mamãe Falei
O deputado estadual Arthur do Val declarou que as mulheres ucranianas eram “fáceis” porque eram “pobres” (Imagem: Facebook/Arthur do Val)

A Comissão de Ética da Alesp aprovou por unanimidade na terça-feira (12) a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil), o “Mamãe Falei”.

Os nove parlamentares da comissão votaram o parecer do relator Delegado Olim (PP), que pediu a cassação do mandato de Do Val alegando quebra de decoro.

O processo segue agora para votação em Plenário, em forma de projeto de lei. Ele perderá o mandato se a maioria simples dos 94 deputados estaduais da Alesp votarem a favor do projeto. A expectativa é que a cassação aconteça.

A sessão foi marcada por tumulto. Arthur do Val se desculpou novamente, mas declarou que o processo está se desenrolando desta forma por ele ser quem é.

“Eu errei, ponto final. Quero pedir desculpas principalmente às mulheres ucranianas que estão aqui. Agora, vamos ser sinceros. Todo mundo sabe que esse processo de cassação não é pelo que eu disse, mas por quem disse. A verdade é que todos aqui me odeiam. Esse processo não é pelos meus defeitos, mas por minhas virtudes”, declarou.

Em 4 de março, o site Metrópoles divulgou com exclusividade áudios em que o deputado falava para um grupo de amigos sobre as mulheres do país, hoje refugiadas de guerra, de forma misógina. Ele chegou a dizer que elas seriam “fáceis” porque “são pobres”.

Na volta ao Brasil, do Val negou acusações de que realizara turismo sexual e pediu desculpas por suas falas.

Chapa Lula-Alckmin: aprovada pelo PT

Alckmin
Geraldo Alckmin, hoje no PSB, foi filiado ao PSDB durante 33 anos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Diretório Nacional do PT aprovou, na quarta-feira (13), o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A votação teve 68 votos a favor do ex-governador, 13 votos contra Alckmin mas à favor da coligação com o PSB e 3 votos contra o ex-governador e a coligação.

A decisão deve ser confirmada em julho, em votação no Encontro Nacional do PT, cuja composição repete a do Diretório.

PSB oficializou na sexta-feira (8) a indicação do nome de Alckmin como vice-presidente na chapa de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022. O ex-governador de São Paulo se filiou ao partido no fim de março.

“Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo”, dizia um trecho da carta entregue pelo PSB ao PT na ocasião.

No dia da filiação, Alckmin teceu elogios a Lula, cumprimentando o PSB pela decisão de apoiar o petista na corrida eleitoral.

“Ele é hoje aquele que melhor reflete, interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Aliás, ele representa a própria democracia, porque ele é fruto da democracia.”

Novo presidente da Petrobras

Petrobras sem presidência: entenda os impactos que isso pode gerar para os funcionários de uma empresa
José Mauro Ferreira Coelho foi eleito presidente da Petrobras (PETR4) na última quinta-feira (14) (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Indicado pelo governo, José Mauro Ferreira Coelho foi eleito presidente da Petrobras (PETR4) e tomou posse na quinta-feira (14).

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas, que aconteceu um dia antes, já havia aprovado Coelho para ser um dos novos conselheiros da estatal.

José Mauro Coelho era presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia até outubro do ano passado.

A assembleia também aprovou o nome de Márcio Andrade Weber para presidir o Conselho de Administração. Weber é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Coelho o nome indicado pelo Ministério de Minas e Energia no último dia 6 para assumir a presidência da Petrobras após a desistência do economista Adriano Pires.

Ele vai ser 40º CEO da empresa. Com isso, a média é de um presidente da estatal a cada 1,7 ano, em 68 anos de existência.

Coelho será o terceiro presidente da Petrobras do governo Jair Bolsonaro (PL). Antes disso, a cadeira de CEO da estatal foi ocupada pelo general Joaquim Silva e Luna, demitido no dia 28 de março, e por Roberto Castello Branco.

Ambas as demissões se deram em um contexto semelhante: de aumento no preço dos combustíveis, que desagradou o governo federal.

Moro fora: Luciano Bivar é o candidato da União Brasil

Luciano Bivar é o pré-candidato da União Brasil para disputar a presidência da República (REUTERS/Adriano Machado)

A União Brasil anunciou na quinta-feira (14) que Luciano Bivar será o pré-candidato à presidência da República pelo partido.

Com isso, Sergio Moro fica, de fato, fora da corrida presidencial. Isso porque o ex-juiz, pré-candidato pelo Podemos até o final de março, trocou de legenda no limite da janela partidária e migrou para o partido de Bivar.

Para isso, no entanto, ele deveria abrir mão da pré-candidatura, já que ia para a União Brasil como um simples filiado.

Moro resistiu em dizer que estava desistindo, dando a entender que a mudança de planos poderia ser momentânea. O partido, no entanto, reiterou que a filiação do ex-juiz era um projeto para São Paulo.

Com a escolha de Bivar, as chances de um Moro candidato à presidência, ao menos nas eleições deste ano, estão enterradas.

Em sua página oficial do Twitter, ele afirmou que “segue como um soldado da democracia, estimulando a composição para romper a polarização política”.

O escolhido pela União Brasil não vai, necessariamente, disputar a corrida eleitoral. Isso porque a legenda, junto com o MDB, PSDB e Cidadania, legendas que se identificam como integrantes do campo ideológico de centro, formaram uma espécie de “consórcio” no último dia 6 e anunciaram que vão lançar um nome único para concorrer ao Planalto. O anúncio deve acontecer no dia 18 de maio.

Os presidentes das quatro siglas, Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) e o próprio Bivar destacaram em nota que “reafirmam tratativas para apresentar um candidato(a) à Presidência da República como a alternativa no campo democrático”.

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*Colaborou Laura Intrieri

Editora
Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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