Saúde

Risco de transmissão aérea de Covid aumenta peso de climatização

28 jul 2020, 7:01 - atualizado em 28 jul 2020, 7:01
Ventiladores
Isso leva a modernizações caras de equipamentos que exércitos de profissionais antes não davam muita importância (Imagem: Pixabay)

O tradicional mercado de sistemas de climatização está no centro das atenções.

Pesquisas mostram que o coronavírus pode se propagar pelo ar compartilhado, por isso administradores de propriedades correm para atualizar sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado antes de reabrirem edifícios.

Isso leva a modernizações caras de equipamentos que exércitos de profissionais antes não davam muita importância.

Especialistas em construção estudam a capacidade de filtros bloquearem micróbios e consideram se devem instalar sistemas que usem luz ultravioleta ou partículas eletricamente carregadas nos dutos para matar o vírus.

Empresas como Honeywell International, Carrier Global e Trane Technologies aproveitam o aumento da demanda, oferecendo desde sensores de monitoramento de ar até máquinas de filtro portáteis para ajudar a compensar deficiências na ventilação.

“Todo edifício terá algum tipo de solução. Será 100%? Não”, disse Hani Salama, chefe da filial de Nova York da Associação de Proprietários e Administradores de Edifícios.

“Mas será melhor do que o que eles têm agora e ajudará a mitigar alguns desses problemas de transmissão aérea que todo mundo tem medo.”

Grande parte da preocupação com os edifícios se concentra em saber se o vírus pode se espalhar pelas superfícies, o que exige soluções como novos procedimentos de limpeza, litros de álcool gel e portas que abrem automaticamente. No entanto, mais de 200 pesquisadores pediram à Organização Mundial da Saúde para que reconhecesse que a doença pode se espalhar pelas correntes de ar.

Um estudo realizado recentemente, coordenado por pesquisadores da Universidade de Oregon, descobriu a presença do vírus em 25% dos sistemas de climatização em hospitais que trataram pacientes com Covid-19.

Os resultados sugerem a possível transmissão pelo ar compartilhado em locais sem a presença da pessoa infectada, disseram os autores.

Nem todos os especialistas concordam. O vírus seria diluído e se deterioraria mesmo que entrasse nos dutos de ar, disse Edward Nardell, professor da Universidade Harvard que pesquisa a transmissão aérea.

Ele está mais preocupado com pessoas que retornam a edifícios com circulação de ar inadequada, o que pode permitir que o vírus permaneça em uma sala.

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