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Risco fiscal da queda do Bitcoin é ‘extremamente mínimo’, diz ministro das finanças de El Salvador

14 jun 2022, 16:23 - atualizado em 14 jun 2022, 16:27
El Salvador
Mesmo com a queda do bitcoin e do mercado cripto, o ministro das finanças de El Salvador aparenta não estar preocupado. (Imagem: Reuters/Jose Cabezas)

O bitcoin (BTC) derreteu nos últimos dias, com uma perda semanal acima de 25%, em meio ao aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).

Com isso, El Salvador, a primeira nação a tornar BTC uma moeda legal, junto ao dólar, viu o valor de seu saldo na criptomoeda encolher, segundo o Business Insider.

Desde que tornou o bitcoin moeda corrente, em setembro de 2021, o país da América Central afirma ter adquirido 2.301 BTC.

Apesar da queda do BTC e do mercado cripto em geral, o ministro das finanças de El Salvador, Alejandro Zelaya, aparenta não estar preocupado.

“Quando me dizem que o risco fiscal para El Salvador, devido ao bitcoin, é muito alto, a única coisa que consigo fazer é sorrir”, disse Zelaya em uma conferência, de acordo com a Reuters. “O risco fiscal é extremamente mínimo”, acrescentou.

O ministro das finanças mencionou uma estimativa feita pelo Deutsche Welles, que indicou que o país caribenho havia perdido US$ 40 milhões. “Quarenta milhões de dólares não representam nem 0,5% de nosso orçamento nacional geral”.

Compra de bitcoin por El Salvador

No passado, El Salvador aproveitou momentos pós-liquidações para aumentar suas reservas em bitcoin.

Em outubro de 2021, o presidente do país, Nayib Bukele, anunciou ter comprado 420 BTC por US$ 60,3 mil cada.

No dia 9 de maio deste ano, Bukele também anunciou no Twitter: “El Salvador acabou de comprar na queda!” Nessa aquisição, o presidente afirmou ter adquirido 500 BTC, sua maior compra da história, por US$ 30.744 cada.

E os títulos de bitcoin, quando vêm?

No início deste mês, o ministro das finanças de El Salvador disse que os líderes do país acreditavam não ser o momento certo para lançar os aguardados títulos de bitcoin.

O ministro citou novamente as condições do mercado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Inicialmente, o lançamento de US$ 1 bilhão em títulos de bitcoin deveria acontecer entre 15 e 20 de março, porém o evento tem sido adiado desde então.

Enquanto isso, economistas levantaram preocupações sobre a habilidade do país de arrecadar fundos para cobrir suas obrigações financeiras iminentes, incluindo um título de US$ 800 milhões que irá vencer em janeiro de 2023.

“Até agora, o país não tem garantia de receber esse dinheiro”, disse o economista do Instituto Centro-Americano de Estudos Fiscais (ICEFI, na sigla em inglês), Ricardo Castaneda, ao The Block.

Os planos de El Salvador quanto aos títulos de bitcoin também foram alvo de críticas do ex-presidente do Banco Central do país, Carlos Acevedo, que permaneceu no cargo de 2009 a 2013.

Em entrevista, Acevedo pareceu não acreditar nas justificativas para os adiamentos, dadas pelo ministro das finanças e pelo presidente.

“Primeiro, eles dizem que será em janeiro, depois, em março, em seguida, afirmam que a Lei de Ativos Digitais não estava pronta, na sequência dizem que as pensões eram prioridade, e agora falam do problema com valor mobiliário”, disse Acevedo na entrevista feita em maio.

“Acredito que o governo percebeu que não há interesse o suficiente nos mercados para aquisição desse título de bitcoin”, acrescentou.

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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