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Ritmo da B3 deve desacelerar no ano que vem, mas ação ainda pode saltar 41%

13 nov 2020, 17:21 - atualizado em 13 nov 2020, 17:21
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Metalinguagem: ação da B3, dona da Bolsa, é uma das mais promissoras da Bolsa (Imagem: B3/Linkedin)

Após a B3 (B3SA3) mostrar mais um trimestre de forte crescimento, atestado pelo balanço que publicou na noite de ontem (12), os analistas já se perguntam se a dona da Bolsa brasileira terá condições de manter o ritmo daqui para a frente.

Para parte dos analistas, é provável que não. Isso não significa, contudo, que a ação da B3 seja um mau negócio.

“Esperamos uma desaceleração do crescimento de lucros da B3 em 2021”, afirmam Luis Azevedo e Silvio Doria, que assinam o relatório do Banco Safra. A dupla cita dois motivos para tanto. O primeiro é o efeito estatístico da elevada base de comparação que será o ano de 2020.

O segundo é operacional: a nova política de preços que a B3 está implantando no segmento de ações deve pressionar as receitas, num primeiro momento.

Já Leo Monteiro, da Ativa Investimentos, afirma que a dona da Bolsa “provou-se, mais uma vez, uma das empresas mais antifrágeis na bolsa”, amparada pela receita bem diversificada, a forte expansão dos investidores pessoa física e a falta de concorrentes. O analista pondera, contudo, que a ação já está um tanto cara, quando se observam seus múltiplos.

Contra a corrente

De qualquer modo, apenas um analista divulgou uma recomendação neutra para as ações da B3: Marcel Campos, da XP Investimentos. A gestora não é, sequer, a que apresenta o menor preço-alvo para os papéis, fato que costuma acarretar indicações do tipo, dado o baixo potencial de valorização.

O preço-alvo da XP para as ações da B3 é de R$ 65 por papel, o que embute uma alta potencial de 21% sobre o fechamento de ontem. Entre as instituições que já se manifestaram, a Ativa é a que traz o menor preço-alvo, R$ 56, o que implica um upside de apenas 4%. Ainda assim, a corretora recomenda a compra das ações.

O mesmo fazem a Ágora e o Safra, com preços-alvos de R$ 76 e R$ 69, respectivamente. Considerando-se a estimativa da Ágora, a valorização potencial é de 41%.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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