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Rombo da Americanas (AMER3) pode abocanhar até 30% do lucro dos bancos, calcula XP

25 jan 2023, 16:45 - atualizado em 25 jan 2023, 16:45
Americanas
Para a XP, o impacto maior será para o BTG, seguido pelo Santander e pelo Bradesco (Imagem: Divulgação)

A Americanas (AMER3) divulgou, nesta amanhã, a sua lista de credores, cumprindo uma importante etapa da sua recuperação judicial. O valor assusta e pode trazer impactos para os bancos, calcula a XP em relatório publicado nesta quarta-feira (25).

A maior dívida da Americanas é com o Deutsche Bank, de R$ 5,22 bilhões, na sequência, vem a dívida bilionária com o Bradesco (BBDC4), de R$ 4,5 bilhões.

Veja a lista dos bancos:

Os analistas dizem que os bancos podem optar por provisionar esse valor já no quarto trimestre ou nos resultados do primeiro trimestre de 2023.

“Em ambos os casos, esperamos que o impacto nos resultados seja mais significativo para BTG, Santander e Bradesco (em torno de 20-30% de seu lucro líquido)”, calcula.

Por outro lado, Banco do Brasil e Itaú devem ser os bancos menos afetados (menos de 10% do lucro líquido).

Os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, que assinam o relatório, também não descartam provisões adicionais do valor nos trimestres seguintes, caso o novo cronograma de pagamentos da empresa sofra atrasos ou os bancos façam rebaixamentos adicionais em sua classificação de risco.

O Inter Research também vai na mesma linha ao dizer que Santander e o Bradesco são os mais impactados, representando 0,8% e 0,5% da carteira, respectivamente, enquanto o Itaú e o BB apresentaram 0,2% de exposição da carteira total em saldo com a Americanas.

“Em termos de impactos no patrimônio líquido destes bancos, o Santander sofreria com 4,5% do PL total, seguido pelo Bradesco com 3,1%, Itaú com 1,8% e BB com 0,9%”, coloca.

O Inter diz, porém, que o efeito Americanas tem impactos limitados ao setor, “não ocasionando maiores prejuízos no médio e longo prazo que possa afetar substancialmente o valor destas instituições”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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