Invasão da Ucrânia

Rússia lista tudo o que quer para encerrar a guerra; veja quais são as condições

07 mar 2022, 13:46 - atualizado em 07 mar 2022, 14:00
Protesto contra Putin após invasão da Ucrânia
Protesto contra Putin após invasão da Ucrânia (Oren Rozen/Wikimedia Commons)

Segundo informou a Reuters na tarde desta segunda-feira (7), o Kremlin disse estar disposto a interromper as operações militares na Ucrânia desde que o governo aceite os termos impostos.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou em entrevista por telefone que Moscou exige que a Ucrânia cesse a ação militar, reconheça a Crimeia como território russo e reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como estados independentes.

Além disso, outra demanda, esta extremamente importante, é pela mudança na Constituição para que a Ucrânia oficialize seu território como neutro. Isso significaria jamais integrar a Otan ou mesmo a União Europeia.

“Eles deveriam fazer emendas à constituição segundo as quais a Ucrânia rejeitaria qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco (…) Ucrânia é um estado independente que viverá como quiser, mas sob condições de neutralidade”.

A fala de Peskov à Reuters foi, até então, a declaração mais explícita do que a Rússia quer, de fato, da Ucrânia, para interromper o que chama de “operação militar especial”, que teve início no dia 24 de fevereiro. Já são, no total, 12 dias de guerra.

O porta-voz ainda afirmou que a Ucrânia está ciente das condições, mas que não houve até então reação por parte do país. “Eles foram informados de que tudo isso pode ser interrompido em um momento”, declarou.

Peskov reiterou que a Rússia não está tentando fazer “mais reivindicações territoriais sobre a Ucrânia” e tampouco exige que Kiev seja entregue.

Mas destacou o país hoje representa uma ameaça “muito maior à segurança da Rússia do que em 2014”, quando a Crimeira foi anexada.

O conflito

Foi na madrugada do dia 24 de fevereiro que o presidente Vladimir Putin autorizou à invasão da Ucrânia. Com um aparato militar consideravelmente maior do que o do país vizinho, era espero que seria uma ação rápida e com vitória certeira para Moscou.

Não foi, no entanto, o que aconteceu até então. A Rússia não contava com a resistência popular por parte da Ucrânia e a guerra segue acontecendo.

Segundo informou a Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), mais de um milhão de pessoas já deixaram o país. O número oficial de mortes diverge: a ONU fala em 400 civis mortos, já o governo ucraniano fala em mais de 2 mil.

Nesta segunda-feira (7) está prevista uma nova rodada de conversas. No final de semana, a Ucrânia acusou a Rússia de desrespeitar o cessar fogo combinado para a cidade de Mariupol.

O intuito era conseguir abrir um corredor humanitário para que civis deixassem o local.

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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