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Safra: Estas elétricas pagam bons dividendos, além de serem proteção para as eleições

13 mar 2022, 18:09 - atualizado em 13 mar 2022, 20:44
Lucro, Dinheiro, Dividendos
Além de fornecerem proteção contra as turbulências das eleições que se aproximam, as elétricas também pagam bons dividendos, diz Safra (Imagem: Pixabay/Olichel)

O Safra revisitou o setor elétrico e atualizou os preços-alvos das companhias, conhecidas por seus dividendos e por serem ações defensivas em momentos de turbulências dos mercados.

Para os analistas Daniel Travitzky e Mário Wobeto, o sentimento geral para o ano é de cautela, principalmente devido à deterioração macro (inflação mais alta e alta de juros) e ao aumento da volatilidade trazida pelas eleições presidenciais que ocorrerão em outubro.

“Acreditamos que blue-chips, nomes defensivos e ações de dividendos podem superar aqueles focados no crescimento em 2022, pois adotamos uma postura mais conservadora”, completam.

Em relação ao segmento, a dupla diz que a crise hídrica não é mais um problema para o ano, pois os volumes de chuva são bons e os reservatórios estão se recuperando rapidamente.

Apesar disso, as distribuidoras podem enfrentar problemas maiores, visto que os aumentos das tarifas pressionarão as taxas de inadimplência.

“As eleições podem aumentar a volatilidade geral e trazer um fluxo de notícias negativas para o setor, mas sem prejudicar os fundamentos”, colocam.

Sobre esse ponto de vista, as transmissoras levam vantagem, com bom rendimento de dividendos e proteção que ajudarão o desempenho dos papéis.

Linhas de transmissão de energia, energia elétrica
Para 2022, o Safra tem duas ações de elétricas favoritas (Imagem: Ag. Brasil/ Marcello Casal Jr.)

As elétricas favoritas do Safra 

Para 2022, o Safra tem duas ações de elétricas favoritas: CPFL (CPFE3) e Energisa (ENGI11).

“A CPFL deve ser a melhor escolha para proteção, enquanto desfruta de bons dividendos“, argumenta.

No caso da Energisa, Travitzky e Wobeto lembram que a elétrica não fez grandes movimentos em 2021.

“Portanto, esperamos um cenário mais favorável para uma companhia experiente realizar aquisições de novos projetos ou compra de ativos de outras empresas”, colocam.

A dupla também destaca Engie (EGIE3) e a Cesp (CESP6) devido ao de-risking do segmento de geração.

Para o longo prazo, o Safra escolhe Eneva (ENEV3) e Equatorial (EQTL3), pois ambas fizeram grandes movimentos de expansão em 2021 “e estão prontas para crescer”.

“As companhias devem aproveitar oportunidades em mercados menos conhecidos e menos competitivos, como saneamento, mercado livre, geração a gás e leilões de capacidade”, diz.

Além disso, o Safra elevou a recomendação da AES Brasil (AESB3) para outperform, ou desempenho acima da média do mercado.

“Acreditamos que o segmento de geração deve reduzir o risco em 2022 devido ao cenário hidrelétrico melhor e considerando que as questões relacionadas à alavancagem foram abordadas”, justifica.

Empresas Ticker Recomendação Preço-alvo (R$) Rendimento de dividendos
CPFL CPFE3 Outperform* 36,5 14,00%
Energisa ENGI11 Outperform 58,8 3,70%
Engie EGIE3 Outperform 46 8,90%
Cesp CESP6 Outperform 31.1 5,30%
Eneva ENEV3 Outperform 15,5 1,90%
Equatorial EQTL3 Outperform 28.1 3,10%
AES Brasil AESB3 Outperform 15,5 3,60%
Cemig CMIG4 Neutro 13,7 9,10%
Taesa TAEE11 Neutro 34,6 6,50%

*Desempenho acima da média do mercado

O que não vale?

O Safra rebaixou a recomendação da Cemig (CMIG4) para neutro por não acreditar que a privatização aconteça em 2022, além do atual processo de recuperação ter atingido o seu pico.

Ademais, o desinvestimento da Taesa (TAEE11) não deve gerar repactuação das ações, “pois já incluímos o valor de mercado da Taesa em nosso modelo da Cemig”.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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