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São Martinho avança 3% após ver lucro subir cinco vezes no trimestre

11 fev 2020, 16:56 - atualizado em 11 fev 2020, 16:56
O resultado foi reforçado pelo recebimento de parcelas de dois precatórios referentes a ações da Copersucar (Imagem: Vídeo institucional da São Martinho)

Reportando um lucro líquido de R$ 324,9 milhões no terceiro trimestre fiscal do ano safra (de outubro a dezembro), as ações da São Martinho (SMTO3) operam com forte valorização na parte da manhã desta terça-feira na bolsa paulista.

O avanço do resultado, que foi cinco vezes maior na base anual, foi amparado no crescimento de sua moagem de cana na safra 2019/20, que bateu recorde e lhe garantiu fabricar mais açúcar e etanol.

Assim, por volta das 16h50, os ativos avançavam 3,36% a 26,80.

O resultado foi reforçado pelo recebimento de parcelas de dois precatórios referentes a ações da Copersucar contra política de preços do ex-Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA).

Assim, o efeito no lucro líquido foi de R$ 230,4 milhões. Excluindo esse efeito, o lucro caixa (referente aos acionistas) ficou em R$ 200 milhões, também maior do que o do terceiro trimestre da safra passada, que foi de R$ 80,2 milhões.

O BTG Pactual (BPAC11) reiterou a recomendação de compra para os ativos, destacando que com a alavancagem líquida se aproximando de uma mera proporção de 1x no final da safra do ano, é esperado que em breve coloque sua nova política de dividendos em andamento.

Com base nas estimativas do banco, um pagamento de 40% sobre seus ganhos em dinheiro poderia significar um rendimento de dividendos no EF2021 de até 7%, o que poderia ser ainda maior se somados seu programa de recompra de ações em andamento.

Para os analistas, a São Martinho continua sendo uma demanda de valor profundo, com forte rendimento, potencial de crescimento por meio do preenchimento adicional de sua capacidade de esmagamento de cana e um projeto de etanol à base de milho, qualidade superior de ativos, melhores perspectivas de preço de açúcar no curto prazo e um cenário de longo prazo de etanol mais atraente pela implementação do programa RenovaBio.

O aumento dos volumes vendidos de açúcar, etanol e energia elétrica em comparação ao mesmo intervalo do ciclo 2018/19 foi o principal alicerce para a alta de 22,2% na receita, que superou R$ 1 bilhão.

No acumulado da temporada, o grupo já faturou quase R$ 2,6 bilhões.

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